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Perícia aparelha-se para enfrentar tecnologia do crime

Equipamento para exame grafotécnico atesta autenticidade de assinatura e de documentos

Por Divulgação
12/09/2012 • 10h00
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 Para enfrentar a “modernização” dos delitos, que acompanha também a evolução tecnológica, o Instituto de Criminalística de Três Lagoas já está se valendo de um microscópio estereoscópico. O equipamento chegou a todos os institutos de criminalística do Estado. Em Três Lagoas, vai atender a uma demanda represada de processos que dependem de exames grafotécnicos e laudos de autenticidade.


De acordo com o Instituto de Criminalística, o microscópio estereoscópico possui diversos níveis de ampliação e boa iluminação. Esses fatores são determinantes para descobrir detalhes invisíveis a olho nu, como elementos de segurança em documentos que poderiam ficar ocultados. Nas perícias grafotécnicas, o estereoscópio auxiliará na determinação concisa dos elementos da escrita, como gênese e forma gráfica.

“O exame grafotécnico tem por finalidade a análise de elementos gráficos presentes em manuscritos ou assinaturas postas em um documento para determinação da autoria, e o documentoscópico, a verificação da autenticidade dos documentos”, informa o Instituto de Criminalística. Os equipamentos distribuídos aos institutos foram comprados por meio de convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública.

“Considerando o aumento da demanda de exames dessa natureza e do elevado grau de especialidade que os delitos vêm apresentando, é essencial a aquisição de equipamentos para a análise de documentos e papéis para que o perito possa elaborar o laudo de forma conclusiva para fornecer melhores subsídios à polícia judiciária na elucidação dos delitos”, diz a perita Joyce Leiko Yamahira.

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH), por exemplo, possui, na parte superior esquerda, ao lado do brasão, o que os peritos conhecem como “talho doce”, uma técnica de impressão pastosa, obtida no ato de sua “deposição sobre o papel” por uma pressão de 40 toneladas por centímetro quadrado e temperatura de 140 graus centígrados. “A deposição da tinta resulta do grau de nitidez das linhas e no seu relevo, que pode variar de traço para traço”.
 

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