A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (8) a 2ª fase da Operação Greenfield. O mandado de prisão temporária é contra o empresário Mario Celso Lopes, antigo parceiro de negócios da holding J&F, segundo investigadores.
Mário Celso era um dos sócios da empresa de celulose Eldorado Brasil- fábrica instalada em Três Lagoas. A investigação apura desvios de R$ 8 bilhões nos fundos de pensão Funcef, Petros, Previ e Postalis.
O objetivo da operação é o de investigar esquema de cooptação de testemunhas que poderiam auxiliar as investigações, eventualmente ocultando provas úteis ao esclarecimento dos crimes apurados pela Operação Greenfield.
Cerca de 30 policiais federais cumprem sete mandados judiciais, sendo seis de busca e apreensão e um de prisão, nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Todas ações, inclusive o cumprimento de um mandado de prisão temporária, acontecem por determinação do Juiz Vallisney de Souza, titular da 10ª Vara da Justiça Federal no DF.
A investigação, segundo a Polícia Federal, aponta que um contrato de R$ 190 milhões entre os dois principais sócios de um dos maiores grupos empresariais investigados pela Greenfield tenha sido empregado para mascarar o suborno a um empresário concorrente para que não revelasse informações.
Há indícios de que o contrato de fornecimento de massa florestal de eucalipto para produção de celulose seja apenas uma forma de recompensar o silêncio de um ex-sócio que poderia auxiliar a investigação.
A ação é conjunta da Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc e a Comissão de Valores Mobiliários – CVM.