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Polícia conclui que jovem matou companheira

Detido no dia 11 passado, Renner Gilneor Garcia, nega que tinha intenção de assassinar Regiane

Por Redação
22/11/2008 • 07h33
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O delegado Eraldo Coelho, titular da 1ª Delegacia de Polícia, encarregado do caso, encerrou ontem (21) o inquérito policial que apurou o assassinato da jovem Regiane Alves da Silva Araújo, 22 anos, morta com um tiro nas costas na noite do dia 8 passado, no Jardim Glória. Segundo a autoridade, “foi o marido que matou a mulher; ele tinha intenção de matar”.

Detido no dia 11 passado, Renner Gilneor Garcia, 22 anos, conforme o delegado, ainda continua negando que tinha intenção de matar Regiane. Mas, laudos periciais indicam que a trajetória da bala permite afirmar que ele disparou intencionalmente a arma, um revólver calibre 38 de cano curto. Renner, no dia do crime afirmava, primeiramente, que uma bala perdida teria atingido Regiane. Algum tempo depois, se contradisse, alegando disparo acidental. “A trajetória da bala foi em linha reta, como que o autor apontasse a arma. Ele dizia que a arma estava em sua perna. O tiro, então, teria que ser debaixo para cima e não em linha reta, pois o projétil acertou o ombro direito da vítima e saiu no lado esquerdo peito, na região da mamila; o disparo foi encostado na vítima”, explicou o delegado.

A jovem foi assassinada quando chegava na casa, localizada na rua Duque de Caxias, 2649, Jardim Glória, com uma motocicleta Web, placa HSY-1720. Renner disse que estava na garupa. Testemunhas afirmam tal posição dos envolvidos.

A reconstituição do crime, realizada no dia 14, seis dias após o assassinato, para o delegado foi de grande valia. Principalmente, por conta da revelação das posições em que estavam os envolvidos (Renner na garupa da moto). Testemunhas afirmaram que antes deles chegarem na casa da mãe do autor, houve uma discussão. “Por isso, provavelmente, a corrente que Regiane usava no pescoço quebrou e o pingente caiu durante o trajeto. Mas, a Polícia Militar fez diligências e conseguiu encontrar o pingente”, revelou Eraldo.

Outro fator relevante, conforme o delegado, durante a reconstituição, foi a constatação de que não havia buracos que pudessem provocar solavanco na moto e provocado o disparo acidental, como Renner tinha afirmado.

Cerca de 20 pessoas foram ouvidas durante a coleta de depoimentos de testemunhas. Algumas asseguraram que Renner era violento e que constantemente agredia a mulher com palavras. Ele comprou a arma e mostrava a todos, tranquilamente. A Polícia ainda investiga a origem do revólver.

O autor foi denunciado pelo Ministério Público Estadual, cuja denúncia foi encaminhada para o juiz Renato de Liberali, da Vara Criminal, que aceitou o pedido de prisão preventiva de Renner. Ele está em uma das celas da 1ª DP, à disposição da Justiça.

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