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Polícia Federal: 100% aderem à greve nacional

Ontem pela manhã, eles realizaram uma manifestação pacífica em frente à delegacia

Por Claudio Pereira
08/08/2012 • 16h24
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 O primeiro dia de greve dos agentes, papiloscopistas e escrivães da Polícia Federal (PF) de Três Lagoas foi marcado por manifestação pacífica em frente à delegacia. Eles montaram tendas e distribuíram panfletos com informações sobre suas reivindicações. A adesão dos servidores atingiu 100% no município. O número de policiais, porém, não foi divulgado por questão de segurança. Em todo o Estado, 350 profissionais estão de braços cruzados por tempo indeterminado.

De acordo com o agente da Polícia Federal, Victor Figueiredo, a classe reivindica melhores salários e condições de trabalho. Ele destacou que a greve foi decretada após anos de tentativas de negociação com o Governo Federal. “Estamos há cinco anos sem aumento no salário e há três sem reestruturação na carreira. Todas as nossas tentativas de negociação foram frustradas”, disse.

A falta de investimento, segundo Figueiredo, tem motivado os agentes a prestarem concursos para outros órgãos, como Receita Federal, Ministério Público Federal e Agência Brasileira de Inteligência (Abin). “Os servidores são atraídos por esses órgãos devidos aos bons salários oferecidos”, disse. O salário inicial de um policial federal é de R$ 7,5 mil. Os policiais exigem que o piso passe a ser de R$ 12 mil.

Figueiredo destacou ainda que o efetivo de Três Lagoas está reduzido. “Seria necessário aumentar o efetivo em pelo menos 50% para que pudéssemos oferecer melhor atendimento à população”, disse, destacando que os profissionais em greve estão sobrecarregados. “Já aconteceu de termos de dispensar pessoas por falta de alguém para poder atendê-las”, completou.

Durante os dias de greve, que devem seguir por tempo indeterminado, serão oferecidos apenas os serviços essenciais à população, como flagrantes, conduções de presos e segurança patrimonial da delegacia da PF. Contudo, haverá algumas exceções de atendimentos. “As pessoas que tiverem viagens internacionais agendadas e precisarem tirar o passaporte, por exemplo, serão atendidas desde que nos apresentem um documento que comprove a viagem”, explicou.

Os serviços paralisados com a greve ficam suspensos pelo menos até a realização da assembleia geral da categoria, que deve ocorrer na quinta ou sexta-feira desta semana, em Campo Grande. Na ocasião, as reivindicações serão discutidas com o comando nacional da greve. Só então será decidido se os serviços serão retomados ou continuarão paralisados.

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