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PRF aceita contraproposta do governo federal e encerra greve

A greve durou 13 dias. Os Policiais Rodoviários Federais (PRFs) receberam reajuste de 15,8% e reestruturação da carreira

Por arquivo jp
30/08/2012 • 08h24
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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) aceitou a contraproposta do governo federal e encerrou a greve. A classe decidiu optar pela volta ao trabalho na noite de terça-feira, durante assembleia e ontem, os policiais rodoviários federais voltaram a desenvolver as atividades de rotina em todo o Brasil. De acordo com Marcos Kadur Rosa Pires, presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais de Mato Grosso do Sul, o governo ofereceu um reajuste de 15,8% em três anos e a reestruturação da carreira.

Além do reajuste, os policiais conquistaram ainda o reconhecimento do nível superior, o fim do limitador de 50% para a progressão na carreira e a alteração dos nomes das classes. “Anteriormente, todo o policial rodoviário federal era inspetor. Agora será diferente, o chefe da PRF, por exemplo, não será um inspetor como os demais”, destacou Pires.

Mas, apesar dos avanços, Pires acredita que o governo deixou a desejar, uma vez que a classe reivindicava ainda um aumento retroativo no salário, já que o último reajuste foi em 2008. “Ficamos todos esses anos sem reajustes, entretanto, os preços dos alimentos, combustível e escola dos nossos filhos não são mais os mesmos. Eles são alterados anualmente”, disse, destacando que Mato Grosso do Sul aceitou encerrar a greve porque a maioria dos estados já havia aceito a proposta. “Não tínhamos outra opção a não ser retornar”, completou.

GREVE
A PRF aderiu à greve no dia último dia 18. Inicialmente, os policiais pretendiam realizar “Operações-padrão” como forma de chamar a atenção do governo. O objetivo era abordar o maior número possível de veículos nas principais rodovias que cortam o país, o que causaria lentidão e congestionamento no trânsito.

Entretanto, a tentativa foi frustrada após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Napoleão Nunes Maia Filho, ter sido contra a manifestação. Caso a PRF insistisse na ideia, os sindicatos que defendem a classe seriam multados em R$ 200 mil por dia. A decisão foi acatada, porém, gerou discórdia entre os policiais. Eles alegaram que a proposta não era prejudicar os motoristas que passam pelas rodovias, mas sim, mostrar a eles os motivos pelos quais a classe havia optado pela paralisação.

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