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PRF decreta greve por tempo indeterminado

PRF decreta greve por tempo indeterminado

Por Arquivo JP
15/08/2012 • 09h42
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Policiais rodoviários federais de Mato Grosso do Sul aprovaram por unanimidade a adesão à greve nacional por tempo indeterminado durante assembleia realizada na noite de segunda-feira, em Campo Grande. De acordo com Lúcio Nogueira, presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais de Mato Grosso do Sul (SINPRF/MS), 80 policiais participaram da reunião. “Os PRFs de Três Lagoas não participaram, mas acompanharam a assembleia por videoconferência”, explicou.

Segundo Nogueira, a greve será iniciada a 0h de segunda-feira, dia 20. Isso porque o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, solicitou um prazo à Polícia Rodoviária Federal (PRF) para que pudesse apresentar as propostas dos policiais diretamente à presidente Dilma Rousseff. “Vamos respeitar o tempo que ele nos pediu, contudo, a classe já aderiu à greve. O quadro só vai mudar caso as nossas reivindicações sejam atendidas”, destacou.
Os PRFs reivindicam a reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho. Nogueira destacou que uma das prioridades deles é o tratamento igualitário por parte do governo federal. “Na PRF, todos policiais são ‘apenas’ policiais. Nas demais instituições, existem os delegados, por exemplo. O chefe da PRF continua sendo um policial”, destacou. Os policiais reivindicam ainda aumento dos auxílios alimentação, saúde, creche e transporte.
No próximo sábado, haverá uma assembleia nacional em Fortaleza, no Ceará. O encontro servirá para definir as ações que devem ser realizadas durante o período de greve. Nogueira, porém, já adiantou que o objetivo dessa operação é realizar grandes blitze nas rodovias federais que cortam todo o país. “Vamos intensificar as fiscalizações em pontos estratégicos onde há maior concentração de veículos”, explicou.
Nogueira destacou ainda que essas blitzes devem chamar a atenção do governo federal, pois costumam causar congestionamentos e lentidão nas estradas. As multas e autuações aplicadas também aumentarão consideravelmente. “Sabemos que esses tipos de ações podem gerar controvérsias, mas é uma das ferramentas que temos”, completou.
Além da PRF, servidores federais da Polícia Federal, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) também paralisaram as atividades. As reivindicações são semelhantes: melhores salários, condições de trabalho e reestruturação de carreira.

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