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Professor de educação física é suspeito de agredir adolescente por ciúmes

Estudante de 16 anos obteve na Justiça de Três Lagoas medida protetiva de urgência contra o suspeito

Por Kelly Martins
16/05/2017 • 10h26
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Um professor de educação física da rede estadual de ensino, em Três Lagoas, é suspeito de agredir uma adolescente de 16 anos. O caso é investigado pela Polícia Civil, em inquérito aberto na Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), e foi registrado como violência doméstica. Eles namoraram por quase um ano e o professor, de 30 anos, não teria aceitado o fim do relacionamento. Ele é solteiro e mora com a mãe.

Conforme a denúncia, a vítima foi agredida diversas vezes e sofreu ameaças, caso contasse para a família ou à polícia. A adolescente estuda na Escola Estadual Padre João Tomes, no bairro Vila Piloto, local onde o professor dá aulas há um ano. Na última semana, a estudante obteve na Justiça medida protetiva de urgência contra o suspeito.

O juiz da 2ª Vara Criminal de Três Lagoas, Ronaldo Gonçalves Onofre, determinou que o professor fique afastado da vítima e não tenha nenhum contato. “O requerido não poderá se aproximar a uma distância que permita comunicação com a ofendida”, consta trecho da decisão. O magistrado determinou ainda prisão preventiva pelo descumprimento.  

A equipe de reportagem conversou com a adolescente e os pais. Eles preferem preservar a identificação, como segurança, até a conclusão do inquérito. O boletim de ocorrência foi registrado no dia 8 de abril, logo após a adolescente ser agredida. Ela estava na casa de amigos e ao deixar o local, o suspeito teria a atacado com tapas. O fato ocorreu na rua e presenciado por testemunhas. Em seguida, ele fugiu. A mãe da estudante relata que após essa situação, a filha confessou o que estava ocorrendo desde o término do namoro e a família decidiu procurar a delegacia.

As agressões, segundo o boletim, ocorriam por ciúmes e o professor não aceitava que a menor saísse de casa. Em depoimento, a estudante contou que já chegou a ser agredida quando estava sentada na calçada da residência com amigos. O suspeito teria ficado enciumado e a agrediu no dia seguinte ao encontrá-la sozinha voltando da escola para casa.

Fora da escola

Ao JPNEWS, a coordenação da Escola Padre João Tomes informou que o professor não dá aulas para a estudante. Também que não recebeu oficialmente a determinação da Justiça sobre a medida protetiva. O diretor Edson Benazet explica que em nenhum momento obteve informações sobre o namoro do casal e diz que aguardará o término da investigação para alguma medida administrativa. Pontua ainda, que as agressões ocorreram fora da escola e que o crime não tem relação com a unidade escolar. 

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