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Supeitos de matar dois estudantes são presos em MS

Presos suspeitos de intermediação e receptação do veículo roubado

Por Reprodução G1
17/10/2012 • 07h55
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A Polícia Civil prendeu mais dois suspeitos de envolvimento nas mortes dos estudantes Breno Luigi Silvestrini de Araújo, 18 anos, e Leonardo Batista Fernandes, 19 anos, assassinados a tiros no dia 30 de agosto, na saída de um bar, em Campo Grande. Os dois jovens morreram depois que uma quadrilha roubo a caminhonete em que as vítimas estavam.

De acordo com a investigação, o homem que encomendou o roubo do veículo está entre os detidos. Ele teria contratado a quadrilha já denunciada pelas mortes dos dois jovens.

Os estudantes foram rendidos próximo a um bar no bairro Miguel Couto e mortos cerca de 30 minutos depois no macroanel rodoviário, entre as saídas para Aquidauana e Rochedo. De acordo com a polícia, o plano era roubar um veículo e levar para Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos tinham o objetivo de matar as vítimas e trocar a caminhonete por drogas.

Edson Natalício de Oliveira Gomes, 22 anos, foi preso no último domingo (14) e Jonilton Jackson Leite de Almeida, 22 anos, apresentou-se à polícia na noite de segunda-feira (15). Segundo a polícia, Gomes intermediou o contato da quadrilha com Almeida.

Segundo a delegada Maria de Lourdes cano, da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (Defurv), as investigações mostraram que Almeida recebia carros e, em pagamento, repassava drogas. Gomes, amigo de infância de Almeida, teria feito a intermediação com membros da quadrilha.

Suspeitos

Edson Gomes disse ao G1 que conheceu Rafael da Costa da Silva, 22 anos, Weverson Gonçalves Feitosa, de 22 anos, e os apresentou para Jonilton Almeida, quando ficou sabendo do interesse do amigo em negociar um carro na região de fronteira. Gomes negou a participação no crime e disse se sentir culpado por apresentar o amigo para “essas pessoas”.

Almeida negou ter encomendado a caminhonete que seria roubada. Ele disse que recebeu uma ligação de Rafael Silva pedido ajuda para vender um carro. “Não sabia que era roubado, achava que a caminhonete era documentada. Minha participação era só vender em Porto Quijaro, na Bolívia”, confessou.

O advogado Marcílio Lins, que faz a defesa de Almeida, alega que o crime de roubo da caminhonete não chegou a ser concretizado e, por isso, vai pedir a liberdade para o cliente. “Não tem como acusá-lo de um crime que não chegou a ser cometido. Ele só iria vender a caminhonete quando o carro chegasse em Corumbá”, afirmou Lins.

Denunciados

No dia 31 de agosto, cinco pessoas foram presas pelo crime e, segundo a investigação, foram contratados para roubar a caminhonete: Rafael da Costa da Silva, 22 anos, Weverson Gonçalves Feitosa, de 22 anos, Dayani Aguirre Clarindo (esposa de Rafael), 24 anos, e Raul de Andrade Pinto (primo de Rafael), 18 anos, confessaram participação no crime e estão presos.

Segundo o Ministério Público Estadual, todos os denunciados foram indiciados por formação de quadrilha e corrupção do adolescente de 17 anos (irmão de Rafael), que está apreendido por envolvimento no crime. Silva, Feitosa e Dayani respondem por latrocínio e ocultação de cadáver. Silva e Feitosa foram indiciados ainda por posse irregular de munições, tráfico de entorpecentes, supressão de documento e emprego de tortura.


A denúncia foi acatada e está tramitando na 3ª Vara Criminal de Campo Grande.

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