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Suspeito por assassinato pode estar escondido no Paraguai

Ex-namorado suspeito de ter cometido o crime ainda não foi localizado. Segundo a delegada Letícia Mobis, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher

Por Kelly Martins
13/02/2016 • 14h49
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Quase dois meses depois do assassinato da cozinheira Maria Cristina Vila Lobos, de 33 anos, em um rancho às margens do rio Sucuriú, em Três Lagoas, o ex-namorado suspeito de ter cometido o crime ainda não foi localizado. Segundo a delegada Letícia Mobis, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), informações são de que um namorado dela, de 28 anos, tenha fugido para o Paraguai logo depois de esfaquear a vítima no pescoço, na madrugada de 25 de dezembro, durante comemoração do Natal de 2015.
“Recebemos algumas informações extraoficiais de que ele [suspeito] está no Paraguai. Estamos averiguando a questão, mas acredito que suposto autor do crime esteja escondido em nossa região desde a data do fato”, avalia a delegada. A delegada disse determinou a prisão preventiva do rapaz e que a Polícia Civil faz buscas para  encontrá-lo.
O suspeito trabalhava como pedreiro em Três Lagoas e vinha se relacionando com a vítima durante dois meses. As investigações ainda não revelaram o que teria provocado o crime passional, que ocorreu durante uma discussão do casal. A delegada disse que o suspeito já é réu por homicídio, em outro Estado, e que aguarda pelo julgamento do processo. 
O inquérito aberto para apurar a morte da cozinheira, conforme a Polícia Civil deverá ser concluído na próxima semana, e posteriormente, encaminhado ao Poder Judiciário. O suspeito será indiciado por feminicídio consumado. “Pretendo finalizar as investigações, com o mandado de prisão em aberto, e encaminhar o caso para o Judiciário”, destacou a delegada. Pessoas que estavam no rancho prestaram depoimento. Nenhuma tinha ligação familiar com o casal.

CRUELDADE
Familiares de Maria Cristina Vila Lobos estão inconformados com a crueldade do crime e pedem justiça. A auxiliar de produção Marta Vilas Boas, irmã da vítima, havia relatado anteriormente à reportagem que não tinha contato com o suspeito e que chegou a chamar Maria Cristina para passar o Natal em sua casa. Ainda de acordo com Marta, o casal encerrou o relacionamento na mesma semana em que ocorreu o crime. 
“Eu ainda a chamei para passar a comemoração do Natal na minha casa. Perguntei se iria estar com o namorado, mas ela me disse que não sabia o que ia fazer na data e também contou que não estava mais junto com o rapaz, que tinham terminado”, contou. Porém, o casal acabou reatando o namoro dois dias antes do assassinato. 

O CRIME
Para comemorar o Natal, eles foram à festa organizada por colegas em uma moto. Pouco depois, iniciaram uma briga. O casal se afastou dos convidados da festa e, minutos depois, o suspeito deixou o rancho na moto. As pessoas perceberam que a mulher não retornou para a comemoração e a  encontraram caída no chão. Ela chegou a ser socorrida.
A vítima trabalhava como cozinheira de uma empresa terceirizada na Unidade Educacional de Internação (Unei) Tia Aurora, de Três Lagoas e deixou três filhos, sendo duas crianças, de 6 e 8 anos de idade, e uma adolescente de 15.

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