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Tia pede guarda de menino deixado em casa pela mãe

Mulher foi ao Conselho Tutelar para dar entrada no processo

Por Fernando da Mata/G1 MS
20/10/2012 • 10h30
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Uma mulher que identificou-se como tia do menino abandonado pela mãe por 5 dias, deixado somente com mangas para comer, procurou o Conselho Tutelar nesta sexta-feira (19) para dar entrada no pedido de guarda da criança. A informação foi passada ao G1 pela conselheira Andréia Almeida, que acompanha o caso.

Uma equipe do órgão visitará a casa da mulher para saber se tem condições de abrigar o garoto. Ela mora no bairro Dom Antônio Barbosa, tem cinco filhos e afirmou que mantinha contato com a irmã somente por telefone e, por isso, não sabia da situação em que o sobrinho estava.

A tia, segundo Andreia, irá levar a documentação necessária à Defensoria Pública, que passará a cuidar do processo de guarda. “Está muito interessada em ficar com o sobrinho. Disse que no ano passado, chegou a ficar 6 meses com ele a pedido da mãe”, explica a conselheira.

De acordo com a mulher, o menino foi morar com a mãe na casa no bairro Concórdia, onde foi encontrado, em março de 2012. Na época, a mãe do garoto disse à irmã que tinha vendido os móveis para pagar contas.

Vizinhos denunciaram a situação de abandono para a Polícia Militar, que por sua vez acionou o Conselho Tutelar. Os militares vistoriaram a casa e não encontraram documentos que identificassem o garoto. Acharam somente uma carteira de trabalho da mãe do garoto.

A criança foi ouvida pela conselheira com o acompanhamento de uma psicóloga e relatou que não era a primeira vez que teria sido deixado sozinho pela mãe. A responsável apresentou-se na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente na terça-feira (16).

Ela disse que deixou o filho sozinho para trabalhar como garota de programa em uma boate e não voltou porque ficou presa no estabelecimento por conta de uma dívida. Depois de ouvida, foi liberada.

O filho do dono do clube prestou depoimento nesta quinta-feira (18). Ele confirma a dívida, mas fala que a mulher ficou cinco dias no local por vontade própria. Por enquanto, o menino está em um abrigo aos cuidados do Conselho Tutelar.

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