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Três Lagoas é a cidade mais violenta no interior

Projeto “Menina dos Olhos” acompanha casos de feminicídio ocorridos no Estado

Por Tatiane Simon
26/08/2017 • 12h00
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Relatório do Ministério Público Estadual coloca Três Lagoas como a cidade que mais faz vítimas por feminicídio no interior de Mato Grosso do Sul e a segunda mais violenta no estado, ficando atrás apenas de Campo Grande.

As informações fazem parte do projeto “Menina dos Olhos” do MPE, que objetiva dar maior transparência aos casos de violência contra à mulher ocorridos desde março de 2015, quando foi acrescentado a qualificadora de feminicídio ao homicídio doloso praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino em situações violência doméstica e familiar; menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Conforme o relatório, desde quando a lei foi sancionada até o último dia 22, Três Lagoas registrou 13 casos do crime de feminicídio, o que a torna a cidade mais violenta para mulheres no interior do estado. Campo Grande aparece em primeiro lugar, com 38 mulheres mortas. Dourados aparece em terceiro, com nove casos, Ponta Porã com seis e Paranaíba com cinco.

De janeiro deste ano até o dia 22 deste mês, foram registrados 16 feminicídios consumados em Mato Grosso Sul, sendo que seis foram praticados em Três Lagoas. Outros 26 casos foram registrados na forma tentada no estado e um deles em nossa cidade. 

O número de denúncias oferecidas pelo Ministério Público de Três Lagoas mais que dobrou. De março de 2015 a março de 2016, foram apenas duas denúncias ao passo que no segundo ano de vigência da lei, foram cinco registradas. 

Em Mato Grosso do Sul, no primeiro ano da vigência da lei do Feminicídio, foram registradas 51 ocorrências como feminicídio, sendo 18 casos consumados, 17 na forma tentada e 16 julgados. O Ministério Público Estadual ressalta que todos os inquéritos policiais deste período já foram apurados, isto é, já foram investigados e encaminhados ao MPE e ao Poder Judiciário; deste total, somente três foram arquivados em virtude da extinção da punibilidade pela morte do agente, ou seja, o acusado matou a vítima e logo em seguida cometeu suicídio. 

De março de 2016 a março deste ano, foram registradas 96 ocorrências no estado, sendo que 41 foram na forma tentada, 28 consumados, 12 casos julgados e condenados. Outros 57 acusados pela prática do crime aguardam julgamento.
 

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