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Acordo sobre a reforma tributária ainda é indefinido

O governador do MS, André Puccinelli (PMDB), afirmou que o Estado vai perder quase R$ 150 mi

Por Redação
27/11/2008 • 07h00
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Líderes da oposição e da base aliada do governo vão continuar negociando, até a próxima terça-feira (2), na busca de um entendimento para votação da reforma tributária no Plenário da Câmara. Reunidos ontem (26), eles marcaram para hoje (27) nova reunião para avançar nos acordos.
A intenção dos aliados do governo é votar a proposta já na terça-feira. No entanto, enfrentam a resistência da oposição. O líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), informou que ainda não há acordo com a oposição, mas que a base vai continuar insistindo para votar a matéria na próxima na próxima semana.
O líder do DEM, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), informou que dos 20 pontos mais polêmicos da reforma tributária não se chegou hoje a acordo em torno de nenhum. “Do jeito que está a reforma tributária, é impossível votá-la.”
O secretário de Fazenda de São Paulo, Mauro Ricardo, informou que apenas quatro dos 20 pontos foram discutidos hoje. Entre eles, a Contribuição sobre o Lucro Líquido (CLL), a desoneração da folha de pagamento e algumas inconstitucionalidades do Imposto sobre Valor Agregado (IVA).
Ainda de acordo com Mauro Ricardo, São Paulo deve perder cerca de R$ 16 bilhões por ano, caso a reforma seja aprovado como está. “Ficam falando que a culpa por não votar a reforma é do governador José Serra. Mas ele não tem nada a ver com isso. Estamos mostrando as impossibilidades dessa proposta. Trouxemos argumentos técnicos.”
O governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), afirmou que o Estado vai perder quase R$ 150 milhões por mês com a reforma tributária. “O FER [Fundo de Equalização das Receitas] tem R$ 9 bilhões e vai precisar de R$ 25 bilhões. Isso é uma falácia. É como esvaziar o oceano e fazer a montanha crescer”, disse o governador, ao contestar a capacidade do FER de cobrir as perdas dos estados.

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