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Em delação, dono da JBS cita Zeca, Puccinelli e Reinaldo Azambuja; veja o vídeo

Segundo Wesley Batista, os três negociaram e receberam recursos da empresa em troca de benefícios fiscais

Por Ana Cristina Santos
19/05/2017 • 14h36
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Em delação premiada, o dono da JBS, Wesley Batista, revelou que o esquema de corrupção envolvendo o pagamento de propina em troca de incentivos fiscais começou na gestão do ex-governador Zeca do PT, depois no governo de André Puccinelli (PMDB), e agora na administração de Reinaldo Azambuja (PSDB).

 Os três são acusados pelo empresário de cobrar propina em troca de redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a empresa. Um trecho da delação é exclusivo sobre o esquema de corrupção envolvendo os três últimos governos do Mato Grosso do Sul. A delação foi prestada no dia 4 de maio à Procuradoria Geral da República.

Wesley disse que na gestão de Zeca do PT, era cobrado 20% do montante financeiro conseguido com a redução da alíquota do ICMS. Pelo tempo, o empresário disse que não tem registro dos valores pagos nesse período. No entanto, garantiu que, em 2010, quando Zeca saiu candidato a deputado, foi pago a ele, R$ 3 milhões. Desse montante, R$ 1 milhão foi em doação oficial de campanha, e R$ 2 milhões em espécie, no escritório em São Paulo.

 Depois, no governo de Puccinelli, Joesley Batista é quem negociava. O delator cita ainda a participação de Ivanildo Miranda, que operava todo o esquema para Puccinelli.

Segundo Wesley, foram feitos vários pagamentos no governo de Puccinelli, através de notas fiscais, notas frias e por meio de terceiros.

Já no governo atual, o delator diz que Reinaldo Azambuja é quem operava o esquema, que era tratado direto com ele. Tinha um interlocutor que pegava as notas frias na governadoria e processava os pagamentos. Tudo, segundo o delator, em troca de isenções fiscais, prática, conforme ele, recorrente. 

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