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POLÍTICA

Grupo sonegou R$ 20 milhões e tentava pulverizar patrimônio

Ex- secretário de Obras, Edson Giroto está entre os presos na 3ª fase da Operação Lama Asfáltica

Por Ana Cristina Santos
07/07/2016 • 14h40
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A terceira fase da Operação Lama Asfáltica, Aviões de Lama, deflagrada nesta quinta-feira (7) pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Receita Federal, foi realizada para evitar a  pulverização dos bens dos envolvidos em um esquema que desviava recursos públicos de contratos de obras , fraudes em licitações e recebimento de propinas que resultou em crimes de lavagem de dinheiro.

A investigação apurou que R$ 20 milhões em impostos deixaram de ser declarados pelo grupo.  Entre os que se beneficiaram do esquema de desvio de dinheiro público, está o ex- secretário estadual de Obras do Estado, Edson Giroto, que também exerceu o cargo de secretário especial do Ministério dos Transportes. Giroto, que havia saído da prisão há duas semanas depois de 42 dias na prisão, foi preso nesta manhã novamente.

O cunhado de Giroto, Flávio Schocchio também foi preso. Um mandato de prisão também foi expedido contra o empresário, João Krampe Amorim , que está fora de Mato Grosso do Sul e, segundo informações,  negocia se entregar à Polícia Federal.  Ainda não foram divulgados os nomes dos demais envolvidos, que ainda não foram presos.

Deflagrada com base na documentação apreendida na primeira etapa da operação, a investigação identificou que o grupo vendeu a aeronave PT-TSM, avaliada em R$ 2 milhões, para dificultar o rastreamento pela Receita Federal de recursos. O Grupo, segundo a polícia,  optou por se desfazer do patrimônio para realizar a divisão do produto da venda em valores menores, como no caso, mediante a entrega de outra aeronave de R$ 350 mil, além de quatro cheques que foram destinados a quatro pessoas, operando assim, o fracionamento do patrimônio com o objetivo de dificultar o rastreamento do dinheiro obtido com a venda do avião, de sorte a realizar a mutação desses valores em pagamentos de serviços prestados, incorporando-os na economia formal.

Segundo o delegado da Polícia Federal, Cleo Mazotti, as ações foram necessárias justamente para evitar que a lavagem de dinheiro continuasse.  Ainda segundo a polícia, os acusados e pessoas ligadas a eles, estavam operando valores altos e executando pagamentos suspeitos em espécie. A compra de um imóvel no valor de R$ 700 mil e pagamentos de obras de reformas ocorreram como forma de pulverizar o patrimônio, segundo apurado pela PF.
 

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