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Guerreiro anuncia sindicância para apurar irregularidades na prefeitura

Novo prefeito de Três Lagoas assume prefeitura fazendo levantamento em repartições públicas e diz que situação é preocupante

Por Ana Cristina Santos
07/01/2017 • 09h35
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O novo prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro (PSDB), disse que vai abrir sindicância para apurar irregularidades encontradas em diversos setores da prefeitura. Ele tomou posse na madrugada de domingo, 1º de janeiro, e iniciou as atividades na segunda-feira quando começou a visitar diversas repartições. 

Os primeiros levantamentos, segundo o prefeito, apontam para uma série de problemas, que vão desde a falta de medicamentos nos postos de saúde, até pagamento para empresa que não executava o serviço para qual foi contratada. Guerreiro classificou a situação como preocupante.

Nos postos de Saúde, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Centro de Especialidades Médicas (CEM), faltam medicamentos básicos, que constam na relação de remédios pactuados pelo do Sistema Único de Saúde (SUS). Na Central de Abastecimento de Medicamentos, setor responsável pela distribuição de remédios nos postos, às prateleiras estão praticamente vazias. 

A farmacêutica responsável pelo local, Andrea da Silva Nakamura, disse que há um bom tempo está faltando remédios para distribuição nos postos de saúde. Ela informou que o normal seria as prateleiras estarem cheias de caixas com medicamentos. A compra foi solicitada na gestão anterior, mas não foi providenciada.

Segundo Guerreiro, a situação em que encontrou as unidades de saúde é preocupante. “A avaliação que faço dessas visitas nas unidades é preocupante, constatamos muitos problemas, várias situações que impedem o trabalho dos profissionais. Faltam computadores, impressoras, carros para a distribuição dos medicamentos, além de problemas na parte estrutural. Tem posto que está com vazamento, rachadura, enfim é uma série de problemas”, declarou.

SINDICÂNCIA 
O prefeito lamentou ao saber que uma ambulância, que se chocou com uma anta,  no ano passado, na rodovia, foi vendida como sucata em um leilão realizado no final do amo passado. “Há 40 dias encontrei essa ambulância no posto Mutum, próximo a Água Clara. Era só fazer a troca do para-choque, do radiador e do capô, mas infelizmente venderam a ambulância como sucata, como ferro-velho. Essa ambulância faz falta para a população.  Existem situações que teremos de abrir sindicância, pois não podemos receber da forma que encontrando. É preciso ter respeito com o dinheiro público”, declarou.

Outra situação apontada por Guerreiro, é com relação à frota da prefeitura. Ela disse que foi entregue uma relação constando que a prefeitura possui quase 400 veículos. No entanto, declarou que não sabe onde está essa frota.  Os novos secretários, inclusive, estão trabalhando com veículos próprios por falta de carros oficiais. A coordenadora da Central de Abastecimentos de Medicamentos disse que o setor não tem carro específico para fazer a entrega dos remédios nos postos.

Em levantamento realizado no Departamento de Obras e Serviços (DOS), de acordo com o chefe do Executivo, foi constatada a existência de apenas uma pá carregadeira, uma patrol e um caminhão basculante para atender a zona urbana, enquanto que na zona rural não há equipamentos. “Não sabemos realmente onde estão esses veículos”, declarou durante a visita.

Ainda de acordo com o prefeito, a prefeitura mantinha um contrato no valor de R$ 30 a R$ 40 mil com uma empresa para fazer a manutenção das unidades de saúde, porém isso não estava acontecendo, já que alguns prédios foram encontrados com uma série de problemas.

Apesar das dificuldades encontradas, o prefeito disse que “está arregaçando as mangas” juntamente com os secretários para solucionar esses problemas. Entretanto, pediu paciência a população, uma vez que, segundo ele, tem questões que não podem ser resolvidas da noite para o dia. Guerreiro solicitou aos secretários de Saúde e Finanças que providenciem uma compra emergência de medicamentos.

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