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Mantega diz que PAC forteleceu o país para enfrentar crise financeira

A análise é do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participa na manhã de hoje (4) do balanço de dois anos do programa no Palácio do Planalto

Por Redação
04/02/2009 • 14h07
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O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) fortaleceu o país e também o colocou em condições mais favoráveis para enfrentar a conjuntura adversa que se coloca atualmente com a crise econômica mundial. A análise é do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participa na manhã de hoje (4) do balanço de dois anos do programa no Palácio do Planalto junto com o ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, e Dilma Rousseff, da Casa Civil.

"Viu Dilma, se não tivéssemos lançado o PAC em 2007 teríamos que inventá-lo agora, pois os outros países que não fizeram isso estão agora implantando seu PAC", disse dirigindo-se à ministra da Casa Civil.

Segundo Guido Mantega, o programa mostra que ao contrário de outros países, o Brasil já vem implementando uma política anticiclica há mais de dois anos, que permitiu preparar o País de forma sólida para enfrentar a crise internacional.

O governo anunciou hoje um incremento de R$ 142,1 bilhões no programa que inicialmente previa R$ 5003,9 bilhões. Com os novos recursos, as verbas previstas para o PAC devem chegar a R$ 646 bilhões. Após 2010, no próximo governo, estão previstos mais R$ 502,2 bilhões elevando para R$ 1, 148 trilhão o total de verbas para o Programa de Aceleração do Crescimento.

Durante o balanço, o ministro Guido Mantega lembrou que a economia brasileira passou de uma taxa de crescimento de 2,5% ao ano para um patamar acima de 4,5%, o que significa que o Brasil voltou a crescer. "Nos últimos dois anos, crescemos em torno de 5%. Esse crescimento foi impulsionado sobretudo pelo aumento expressivo do crescimento", disse.

O ministro destacou que a partir de 2006 o crescimento passou a ser de dois dígitos, ou seja, mais de 10%. Em 2008, segundo ele o crescimento ficou próximo de 15% sobre o ano anterior de acordo com as últimas estatísticas. A estimativa é de três vezes o crescimento do PIB.

O ministro ressaltou ainda o crescimento da demanda interna que chegou a 7,3%, com o consumo no varejo atingindo ao longo de 2008 o patamar de 14% antes de setembro, quando a crise econômica começou a ser sentida mais profundamente.

"Nós ampliamos a capacidade de consumo da população brasileira. No período mais recente, com a crise, nós tivemos uma queda no crescimento de 10,9% [resultado de 12 meses]", afirmou.

Para o ministro, esses números significam que, apesar da crise, o Brasil possui um nível de consumo bastante elevado mesmo que haja uma queda o índice ainda se manterá expressivo. O fator responsável pelo aumento do investimento e do consumo foi o aumento do crédito.

Guido Mantega apresentou números que mostram uma elevação no crédito de 22% (2002) para 41% do PIB (2008). Crescimento alavancado também pelo reestruturação do mercado de capitais, que passou a fornecer crédito barato para as empresas.

Outro fator responsável pelo crescimento foi que o crédito se tornou acessível para as populações de média e baixa renda e a "bancarização". Ou seja, pessoas que nunca tiveram acesso a uma conta bancária puderam tê-la.

No balanço, o ministro da Fazenda enfatizou ainda que, mesmo com a crise que atinge todos os países do mundo, houve no Brasil a manutenção das reservas internacionais em US$ 200 bilhões.

"O Brasil conquistou a confiança internacional pois é um dos mais sólidos entre os emergentes. A prova de confiança que é um dos mais atraentes para investimentos", disse.

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