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Não houve irregularidade da PF em operação que prendeu Mantega, diz ministro

Alexandre de Moraes disse que agentes federais agiram com discrição e dentro da lei

Por Valdecir Cremon
22/09/2016 • 20h06
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O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse hoje (22) que a Polícia Federal não agiu irregularmente no cumprimento do pedido de prisão do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, ocorrida pela manhã, em São Paulo, e que o episódio não gera nenhum desgaste para a Operação Lava Jato.

"Não houve nenhuma irregularidade no cumprimento da prisão porque foi solicitada pelo Ministério Público Federal. Houve decretação da prisão pelo Poder Judiciário, pelo juiz Sérgio Moro. Como em toda operação, endereços conhecidos são passados à PF, que foi a esses endereços. Ao não localizar, a PF entrou em contato, foi o próprio ex-ministro que informou o local [do hospital], e disse que desceria até a recepção encontrar", informou Alexandre de Moraes.

Ao deflagrar nesta manhã a 34ª fase da operação, o juiz federal Sérgio Moro decretou a prisão temporária de Mantega junto com outras ordens de busca e apreensão. Quando chegaram à casa do ex-ministro, em São Paulo, porém, os policiais federais descobriram que ele estava no Hospital Albert Einstein acompanhando a esposa nos preparativos de uma cirurgia, e foram até o saguão do hospital se encontrar com ele.

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De acordo com o ministro da Justiça, o que os policiais fizeram foi apenas cumprir a determinação judicial, e, após tomarem conhecimento do fato, se dirigiram ao Albert Einstein em carro descaracterizado. Ele lembrou que o juiz reafirma a legalidade da decisão no mandado de soltura, mas ressaltou que nem ele nem os procuradores do Ministério Público sabiam da situação em que se encontrava a esposa do ex-ministro.

No início da tarde, o juiz federal Sérgio Moro mandou soltar o ex-ministro para acompanhar a esposa, no hospital. 

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