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Procurador da Lava Jato diz que não sabe de delação premiada de Delcídio

Reportagem da revista IstoÉ diz que o parlamentar teria firmado um acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato

Por Redação
04/03/2016 • 13h44
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O procurador da República, Carlos Fernando Lima, que integra a equipe de investigação da Operação Lava Jato, disse nesta sexta-feira (4), em Curitiba, onde as investigações se concentram, que não há informações sobre um eventual acordo de delação premiada firmado pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS), que chegou a ser preso na operação policial.

“Não temos nem sequer ideia de que essas informações prestadas à revista, esses vazamentos, existem”, disse o procurador, ressaltando que vazamentos de informações prejudicam as investigações.

Reportagem de ontem (3) da revista IstoÉ diz que o parlamentar teria firmado um acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato. Nos depoimentos, de acordo com a revista, Delcídio teria dito que a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

Em Curitiba, durante coletiva de imprensa sobre a 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje. Um dos alvos da operação é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi levado para o escritório da Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas para prestar depoimento.

Carlos Lima disse que o importante neste momento é investigar e verificar se os pagamentos feitos por empreiteiras ao ex-presidente Lula eram benefícios por troca de favores. “Certamente o governo do ex-presidente foi o maior beneficiado nesse esquema porque é um esquema de compra de apoio político e partidário. Entretanto, se ele conhecia as vantagens recebidas e se ele recebeu, nós ainda estamos investigando”, disse o procurador em entrevista à imprensa na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

Segundo o procurador, Lula recebeu cerca de R$ 20 milhões em doações para o Instituto Lula e cerca de R$ 10 milhões em palestras de empresas, que também financiaram benfeitorias de um sítio em Atibaia (SP), frequentado pelo ex-presidente, e de um tríplex no Guarujá, que, segundo o Ministério Público, pertenceria a Lula. Na entrevista, o procurador disse que há indícios de que o ex-presidente Lula recebeu o pagamento de vantagens, seja em dinheiro, presentes ou benfeitorias em imóveis das maiores empreiteiras do país. (Agência Brasil)

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