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PSDB decide apoio a Sarney ou Tião Viana em reunião da bancada nesta quarta-feira

Também estão previstas reuniões da bancada do PSDB com cada um dos candidatos

Por Redação
28/01/2009 • 08h26
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A bancada do PSDB decide, em reunião marcada para a manhã desta quarta-feira (28), qual dos dois postulantes à Presidência do Senado - José Sarney (PMDB-AP) ou Tião Viana (PT-AC) - irá receber o seu apoio. Também estão previstas reuniões da bancada do PSDB com cada um dos candidatos, quando serão discutidos os compromissos que estão assumindo.

- Temos que ajudar com nossos votos a construção de mudanças aqui dentro. O Senado não vai bem, tem que melhorar, em primeiro lugar. E em segundo, queremos o compromisso do presidente que vier a ser eleito com relação à democracia, garantias às minorias e fortalecimento do Legislativo - disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), em entrevista à imprensa na tarde desta terça-feira (27).

Ele negou que o partido lançará candidato próprio, já que na sua opinião, não é imprescindível que o presidente seja do PSDB, da base governista ou da oposição para impor uma pauta de mudanças essenciais à Casa. Negou ainda que exista "uma tendência" pró-Sarney.

Informou também que os postulantes à presidência das comissões temáticas serão indicados pela bancada - a imprensa divulgou que os senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) poderão assumir as comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e de Assuntos Econômicos (CAE), respectivamente. Ele disse, ainda, que os dois senadores interessados em ocupar a 1ª vice-presidência do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO) e Alvaro Dias (PSDB-PR), passarão por uma "prévia".

- Não desejamos nada além do que somos: queremos o reconhecimento do nosso tamanho e do nosso peso e também a avaliação da qualidade dos nossos indicados. Não estamos indicando gente que não tem valor, que não é adequada para funções relevantes; estamos fazendo o contrário, para melhorar o Congresso. São pessoas de elevada qualidade - salientou.

Sérgio Guerra acrescentou que o martelo, entretanto, será "batido" pelo líder, Arthur Virgílio (PSDB-AM), que tem "coisas reais a tratar com relação ao Senado, ao funcionamento das bancadas".

- Do meu ponto de vista, temos que discutir a política em um sentido mais amplo, queremos compromissos gerais do candidato com a democracia, com o respeito aos direitos da oposição. Ninguém pode calar a oposição, que não pode ser mutilada em seus direitos no Congresso - declarou.

O apoio à eleição do deputado Michel Temer (PMDB-SP), na Câmara, também está garantido, segundo o presidente do PSDB. Temer, em sua opinião "é o melhor nome para assumir a Câmara".

2010

Sérgio Guerra também descartou ligações entre a eleição para a Presidência do Senado, o apoio ao petista Tião Viana ou ao peemedebista José Sarney e as eleições presidenciais de 2010.

- A eleição presidencial pressupõe um Legislativo que atue, que mantenha regras democráticas, que dê capacidade de desenvolvimento, fala e reação à oposição, mas não pressupõe apoio de presidente de Senado e Câmara à candidatura à Presidência da República. Quem faz a candidatura da Presidência da República são os partidos, as pessoas, os movimentos sociais e o povo, e não o Poder Legislativo - disse.

Sobre os pré-candidatos do partido à Presidência da República, ele afirmou que existem duas hipóteses: ou eles se apoiam entre si, ou haverá prévias "democráticas e limpas" no PSDB.

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