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PT prepara ofensiva para processo de impeachment no Senado

Como segunda maior bancada no Senado, PT diz que não abre mão da prerrogativa de indicar a presidência ou relatoria da comissão

Por Redação
18/04/2016 • 17h19
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No dia seguinte à decisão da Câmara dos Deputados de autorizar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a movimentação de governistas no Senado nesta segunda-feira (18) começou cedo. O PT reuniu a bancada e senadores de outros partidos aliados para avaliar a votação de domingo (17), o cenário político e os próximos passos para tentar reverter no Senado a decisão da Câmara.

Uma das reações mais fortes dos aliados de Dilma foi à declaração dada ontem (17) pelo presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (RR), que defendeu que a presidência da comissão especial - a ser formada para analisar o processo de impeachment - tenha Antonio Anastasia (PSDB-MG) na presidência e a senadora Ana Amélia (PP-RS) na relatoria. “Acho que Jucá já está se sentindo ministro ou futuro presidente do Senado e quer atropelar o processo”, criticou o líder do governo, senador Humberto Costa (PE).

Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), como o PP de Ana Amélia, ex-aliado do governo, fechou questão a favor do impeachment, ela não teria isenção para ser relatora do caso.

Como segunda maior bancada no Senado, o PT diz que não abre mão da prerrogativa de indicar a presidência ou relatoria da comissão. A avaliação é que o nome não deve ser do próprio partido para que questionamentos não sejam feitos, mas o que os petistas garantem é que não abrirão mão de indicar alguém que considerem isento no processo.

“Vamos lançar mão do regimento para defender essa posição”, garantiu Lindbergh, já que o regimento diz que cabe às duas maiores bancadas da Casa - no caso PMDB e PT- indicar a presidência e a relatoria da comissão.

Estratégias

Do ponto de vista político, além de cobrar que o regimento do Senado seja respeitado, os governistas também pretendem reforçar os laços com movimentos sociais. Outra estratégia é começar imediatamente a busca de votos de senadores. (Agência Brasil)

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