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Senadora Simone acredita que existem 99,9% de chances de Dilma ser afastada

Com aprovação do processo no Senado, presidente Dilma deve ser afastada por 180 dias

Por Ana Cristina Santos
19/04/2016 • 12h51
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A senadora Simone Tebet (PMDB/MS) acredita que existem 99,9% de chances do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) ser aprovado no Senado.  Depois de ser aprovado na Câmara dos Deputados no domingo, o processo foi encaminhado ao Senado.

Simone disse em entrevista ao RCN Notícias da Rádio Cultura FM (106,5), que o Senado terá 48 horas para definir a comissão que irá acompanhar o assunto. Por causa do feriado de 21 de abril, nesta quinta-feira, a comissão pode ser definida apenas na segunda-feira (25).

De acordo com a senadora, independente do parecer da comissão- contra ou a favor do impeachment- o processo tem que ser votado no plenário, pelos 81 senadores. E, na primeira etapa, segundo ela, é necessária maioria simples para votar a favor da continuidade do processo. “Teria que ter, pelo menos, 41 senadores presentes. Desses, 22 votarem a favor. Acontece que, a maioria dos senadores deve estar presente. Então, é só pegar o total de senadores presentes, dividir por dois e somar mais um”, explicou a senadora.

Simone adiantou que já existem 42 senadores favoráveis ao impeachment. Aprovado no Senado, a presidente é afastada por um prazo de 180 dias para que o Senado conclua o processo. A previsão é que isso ocorra na segunda semana de maior. Com isso, o vice- presidente Michel Temer (PMDB) assume o cargo.

Simone tem sido cogitada, inclusive, para ser a relatora do processo do impeachment. A senadora, no entanto, entende que, nem PT e nem PMDB deveriam ter a relatoria desse processo para evitar qualquer questionamento. “Entendo que tem que ser um nome fora dos quadros do PT e do PMDB. Agora, se o PT, que é parte interessada, quiser a relatoria, o PMDB também pode querer”, ressaltou.

O importante, segundo a senadora, é que o processo caminhe, pois o Brasil está “parado e precisa caminhar”. “Três Lagoas não sente tanto [devido às obras de ampliação das fábricas de celulose], mas a situação é gravíssima, lojas fechando, desemprego muito grande, inflação não para de subir... Essa crise não pode mais esperar a política. Eu sou a favor do impeachment, mas seja qual for o desfecho, precisamos virar essa página porque o Brasil não aguenta mais essa paralisia que estamos”, declarou a senadora.
 
 

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