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Temer nega interferência por propina em favor de Gabriel Chalita

Acusação foi feita por André Machado, delator da Lava Jato, em acordo de delação premiada

Por Valdecir Cremon
15/06/2016 • 18h57
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A assessoria do presidente da República em exercício, Michel Temer, divulgou uma nota na tarde de hoje (15) para afirmar que é "absolutamente inverídica" a versão dada pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

Em depoimento dado para aliviar pena de prisão, Machado disse ter acertado com Temer doações oficiais para campanhas do ex-deputado federal Gabriel Chalita (PMDB), em campanha pela Prefeitura de São Paulo, com recursos que teriam origem ilícita, como propinas em contratos da empresa.

Segundo Machado, Temer apoiava Chalita nas eleições de 2012, que vinha tendo problemas durante a campanha. No depoimento, o ex-presidente da Transpetro disse que o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) entrou em contato com ele. “O depoente foi acionado pelo Senador Valdir Raupp para obter propina na forma de doação oficial para Gabriel Chalita", diz o documento da delação. 

O presidente interino Michel Temer disse, em nota, que, “em toda sua vida pública”, sempre respeitou estritamente os limites legais para buscar recursos para campanhas eleitorais. Ele afirmou que nunca permitiu arrecadação “fora dos ditames da lei, seja para si, para o partido e, muito menos, para outros candidatos que, eventualmente, apoiou em disputas.”

Para Temer, “é absolutamente inverídica a versão de que teria solicitado recursos ilícitos ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado – pessoa com quem mantinha relacionamento apenas formal e sem nenhuma proximidade.”

A construtora Queiroz Galvão divulgou nota em que fiz que não comenta investigações em andamento e acrescentou que “as doações eleitorais obedecem à legislação".

Por meio de nota, Gabriel Chalita afirma que não conhece Sérgio Machado. “Portanto, nunca lhe pedi recursos ou qualquer outro tipo de auxílio à minha campanha. Esclareço, ainda, que todos os recursos recebidos na minha campanha foram legais, fiscalizados e aprovados pelo Tribunal Regional Eleitoral", informou. (Com informações da Agência Brasil)

 

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