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Três Lagoas não está preparada para fortes chuvas

Obras de drenagem de Três Lagoas são capazes de suportar chuvas de até 90 milímetros

Por Arthur Freire
10/11/2012 • 08h31
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Três Lagoas não está preparada para chuvas intensas, acima de 90 milímetros, pois além desse volume há risco de inundações nas ruas e alagamento nas casas. Segundo o secretário de Obras, Getúlio Neves da Costa Dias, os pontos considerados críticos, onde já foram feitas obras de drenagem, comportam chuvas fortes de até 90 milímetros. Ele informou que, em janeiro de 2011, ocorreu uma chuva com um volume bem maior do que essa de quinta-feira, mas não ocorreram alagamentos nas residências, porque foi esparsa. “A chuva dessa quinta-feira foi intensa, praticamente sem trégua no período da tarde. A inundação que ocorreu é correspondente ao volume de chuva. Por isso, não existe drenagem suficiente que a comporte.”, esclareceu o secretário de Obras.

Entretanto, Getúlio disse que esse tipo de chuva não é comum. Nos últimos oito anos, por exemplo, ele informou que ocorreram quatro chuvas como essa última. “Isso não acontece normalmente, mas não estamos livres. Para resolver o problema, dependemos de novos investimentos, ou que deveria ter sido feito anteriormente e não foi até hoje”, ressaltou.
Em relação ao problema no Jardim Alvorada, o secretário informou que foi executada uma drenagem. Entretanto, para resolver todo o problema nessa região, teria que ser feita uma na rua Jari Mercante, o que custa R$ 10 milhões. Isso, segundo ele, captaria toda a água do Paranapungá, da região da escola Maria Eulália Vieira, e a jogaria no córrego do Jardim Brasília.

Na região da rua Yamakuti Kankiti, por exemplo, ele disse que foi feita uma drenagem, que tem comportado algumas chuvas. “Ali, com chuva de 30 milímetros, já inundava, agora não. Choveu 110 milímetros para inundar. Para resolver o problema em definitivo, é preciso fazer uma drenagem que custa em torno de R$ 5 milhões, porque a água de outras bacias vai para ali. Conseguimos resolver um ponto”, observou.

De acordo com o secretário, a cidade tem vários pontos críticos e depende de um volume considerável para resolver o problema. “Precisamos fazer uma drenagem atrás do pesque-pague, que pegaria a água desde o cemitério municipal. Isso custaria R$ 20 milhões. Dependemos de recursos federais, mas nos dois últimos anos não recebemos recursos nenhum”, destacou.

Getúlio Neves afirmou que a secretaria tem conhecimento de todos os pontos críticos da cidade, como é o caso da região da Vila Alegre, nas imediações do Parque de Exposições, assim como na Vila Piloto, entre outros pontos. Apesar disso, frisou que é necessário recurso. Para resolver o problema na área central, o secretário esclareceu que é preciso redesenhar um novo sistema de drenagem do complexo das lagoas para poder atender ao fluxo de água da Elviro Mario Mancini.

Embora seja necessário recurso para executar essas drenagens, o secretário observou também que é preciso a colaboração da população para manter esses sistemas de captação de água limpa, sem sujeira. Ele informou que a Prefeitura faz a manutenção dos bueiros, mas isso não acontece de modo satisfatório, que é de ter uma equipe para fazer o serviço a cada chuva, pois depende da disponibilidade de recursos.

 

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