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Mato Grosso do Sul, 26 de abril

Chuva deixa 18 famílias desabrigadas em Cassilândia

Córrego do Cedro transborda e alaga ruas da cidade; chuva começou à 1h e terminou às 2h

Por Fábio Lata/Cassilândia News
01/02/2013 • 10h22
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Chuva forte fez transbordar ontem de madrugada o Córrego Cedro, em Cassilândia, provocando alagamentos em bairros e parte da área central da cidade. De acordo com a Prefeitura, 18 famílias ficaram desabrigadas em razão da enchente. A enxurrada invadiu casas, que ficaram tomadas por lama e sedimentos. Até peixe foi encontrado no asfalto, depois que as águas baixaram, duas horas depois da primeira pancada de chuva. 

É a terceira enchente no município nos últimos cinco anos, segundo o site Cassilândia News. As outras duas grandes enchentes ocorreram em 2007 e 2010.

A chuva durou meia hora, o suficiente para causar estragos. Na avenida Cândido Barbosa Dias, próximo da rotatória, a água subiu cerca de um metro. A água invadiu uma papelaria, causando prejuízos de mais de R$ 50 mil, segundo os proprietários. A casa do ex-vereador Lauro Gaúcho também foi invadida pela enxurrada e quase arrastou o neto, que dormia. Uma funcionária de academia, ao perceber a força das águas, saiu pela rua tentando acordar os vizinhos e fez várias ligações alertando para o risco de uma tragédia. “Ela foi um verdadeiro anjo da guarda”, disseram os vizinhos. 

Depois que as águas baixaram, por volta das 4h, o cenário era de destruição. De acordo com o site Cassilândia News, os prejuízos em residências e lojas foi grande. A enxurrada também levou para as ruas muita sujeira. Galhos de árvores ficaram retidos na ponte que dá acesso à Associação atlética Banco do Brasil (AABB).

O transbordamento do Córrego do Cedro deixou famílias da Vila Imperatriz desalojadas. Casas situadas na parte baixa da Vila Izanópolos também foram danificadas com a enchente. A água “expulsou” os moradores, que tiveram que deixar suas casas em um barco.

Segundo o serviço de meteorologia, em duas horas choveu 312 mm. A precipitação acumulada no mês chega a 309 mm. Nos últimos 31 anos, a média de precipitação no município em janeiro é de 312 mm. A maior chuva foi registada em janeiro de 2007, o dobro da registrada ontem, 612 mm.

REPRESAS
A força das águas provocou o rompimento de duas represas, uma delas na propriedade do produtor rural Antonio Gomes Sobrinho. Segundo ele, na sua fazenda choveu 136 mm e fez transbordar o rio Salto, que deságua no Córrego do Cedro.

O nível do Córrego Cedro subiu um metro na região do Parque Elza Vendrame, atingindo residências e lojas comerciais.

As famílias desalojadas foram abrigadas na sede do Lions. De acordo com a moradora Maria Aparecida Amaral, na enchente de 1980, com o transbordamento do Cedro, provocou a morte de duas pessoas, mãe e filha, que foram arrastadas pela enxurrada. Os corpos só foram localizados quatro dias depois, próximo do salto do rio Aporé.

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