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Mato Grosso do Sul, 20 de abril

Dívidas do antecessor empacam nova gestão em Bataguassu

Prefeito vai enviar relatório sobre dívidas ao Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público Estadual

Por Divulgação
08/01/2013 • 07h45
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O novo prefeito de Bataguassu, Pedro Caravina (PSDB), disse que não há caça às bruxas e nem perseguição, mas a administração petista terá que ser responsabilizada pelas dívidas deixadas para a nova gestão, afrontando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Segundo o prefeito, o levantamento que está sendo feito sobre a herança administrativa vai produzir um relatório que será encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público Estadual (MPE). 

Caravina dedicou-se na primeira semana de mandato a reuniões com os servidores municipais. Ele fez reuniões separadas com todos os setores da administração – assistência social, saúde, educação, administrativo e obras -, para levantar as principais demandas e expor os problemas herdados do ex-prefeito João Carlos Leme (PT). Nas reuniões, o prefeito pede a compreensão dos funcionários para o atraso nos salários de dezembro. 

O ex-prefeito não pagou e nem fez a provisão necessária para quitar a folha de dezembro. De acordo com a LRF, o pagamento ou provisão com a devida reserva de dinheiro para quitar a última folha do exercício é de responsabilidade do prefeito, esteja ou não em fim de mandato.

Caravina determinou que todos os servidores participem de uma espécie de “mutirão” para limpar e manter a cidade com melhor aspecto. Segundo ele, “a população sempre estará cobrando da Secretaria de Obras uma cidade limpa”, por isso essa será uma tarefa permanente. “O retrato de uma cidade é a limpeza de ruas, terrenos baldios, iluminação, coleta de lixo todos os dias, manutenção das estradas rurais que liga os assentamentos e limpeza de praça. Isso é tudo que a população espera de nossa administração”.

Na última sexta-feira, Caravina e a secretária de Educação, Zé Bonfim, reuniram-se com todos os diretores de escolas, coordenadores pedagógicos e coordenadores dos centros de educação infantil. O prefeito reafirmou sua condição de representante do município e não mais de apenas um partido ou coligação, assegurando que não há gestão partidária. Após a eleição, segundo ele, vale o interesse coletivo e não mais de grupos políticos. Como em outras reuniões, Caravina disse que não vai contratar funcionários e pretende ajustar os quadros para suprir as áreas onde há falta de servidores. O prefeito disse que a melhoria para os atuais funcionários virá com a economia a ser feita com a política de contenção de gastos, incluindo a não contratação nos próximos 90 dias.

A definição das equipes de segundo e terceiro escalões, segundo Caravina, ficará por conta dos secretários e já orientou que não há que se preocupar com a participação ou não dos funcionários de confiança (comissionados) na campanha eleitoral. “Nós não temos preocupação com isso, porque quem estava do nosso lado ouviu em todas as reuniões de campanhas que o que nós queríamos era o melhor para Bataguassu”.

PROJETOS COMPROMETIDOS
A herança administrativa, segundo o prefeito, vai comprometer o início dos principais projetos idealizados para Bataguassu. Pedro Caravina ainda não apontou números, mas disse que a auditoria que está sendo feita já constatou que há um volume grande de dívidas que compromete a execução de projetos de imediato. Depois de todo o levantamento fiscal, contábil e financeiro, um relatório sobre a situação será encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público Estadual. “Nós vamos para cima, vamos economizar até onde der”, disse o prefeito.

Nas reuniões com servidores, Pedro Caravina disse que vai regulamentar a situação dos garis, que são contratados como diaristas, de forma irregular. São 69 trabalhadores em situação precária. “Faremos os remanejamentos do pessoal da Secretaria de Obras para que possamos organizar a casa. Colocaremos cada servidor em sua função. Vamos remover conforme a necessidade de cada secretaria”, afirmou.

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