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Mato Grosso do Sul, 23 de abril

Indústria torna Aparecida do Taboado polo de oportunidades

Expansão industrial leva Sistema FIEMS a investir R$ 4,2 milhões em complexo

Por Nestor júnior/Cultura FM
30/03/2013 • 08h17
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Aparecida do Taboado é a paixão da indústria. O município avança no ranking do PIB industrial de Mato Grosso do Sul favorecido por um leque de potencialidades: logística de transportes, centro de convergência dos principais centros consumidores do país e incentivos fiscais. No setor dos transportes, é o único que possui terminal intermodal (hidro-rodoferroviário). Além disso, ainda terá o segundo tronco ferroviário (Norte-Sul). 

A rápida expansão da indústria levou Sistema FIEMS (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) a investir R$ 4,3 milhões na construção de um Centro Integrado Sesi Senai (CISS). O cronograma da obra, já em estágio de terraplenagem, prevê conclusão em fevereiro de 2014. A falta de mão de obra qualificada é o único gargalo ao desenvolvimento industrial, segundo o presidente da Associação Industrial de Aparecida do Taboado (AIAT), Fabrício Lalucci Pereira.

A perspectiva de crescimento rápido da indústria assentou-se no mês de fevereiro. Primeiro, com o lançamento do complexo de ensino e formação do Sesi e Senai, e depois com o anúncio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de publicação do edital de trecho da Norte-Sul. 

A Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias publicou, no dia 1º de abril do ano passado, os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental dos novos ramais ferroviários. A Norte-Sul vai entrar em Mato Grosso do Sul pelas regiões Nordeste e Costa Leste, passando por Aparecida do Taboado, em direção à Estrela d’Oeste (SP). 

De acordo com a AIAT, pelo menos 78 indústrias de diversos segmentos estão instaladas na cidade, produzindo alumínio, colchões, alimentos, brinquedos, calçados, roupas, couro ecológico, embalagens, transformadores, peças automobilísticas e álcool, entre outros produtos. As riquezas produzidas em Aparecida do Taboado (PIB) somam algo em torno de R$ 75 milhões. 

Considerando as grandes e médias indústrias instaladas e em instalação, são 41 fábricas. A mão de obra qualificada desacelera a expansão, mas problemas urbanos também são apontados como entraves, embora já tenham entrado no programa de obras da Prefeitura, o que abriu o horizonte dos investidores. O projeto de mobilidade urbana, por exemplo, prevê a construção de ciclovias para facilitar o acesso de trabalhadores aos parques industriais. 

O presidente da AIAT, Fabrício Lalucci, diz que a unidade integrada do Sesi/Senai vai transformar o setor, porque permitirá, além da oferta de mão de obra técnica e a qualificação profissional, o desenvolvimento tecnológico, por meio de pesquisas. 

Nos últimos três anos, Aparecida do Taboado concentrou o debate sobre crescimento industrial acelerado, falta de mão de obra qualificada e investimentos na infraestrutura. Os temas foram debatidos, inclusive, em audiência pública. 

Em razão do crescimento da economia, a cidade registrou aumento população de 47% nos últimos 10 anos. Hoje, é o quarto polo industrial. O pedido dos empresários para que a cidade receba uma unidade do Senai foi apresentado ao presidente da FIEMS, Sérgio Longen, na cerimônia de fundação da AIAT, lembra Lalucci. 

Na ocasião, o dirigente projetou a consolidação do Estado como polo industrial do Centro-Oeste, num processo de diversificação da economia jamais visto no planalto brasileiro, cuja vocação até então era da economia primária. A partir do desenvolvimento das cadeias produtivas, começando pela agroindústria.

Segundo a AIAT, pelo menos 78 indústrias de diversos segmentos serão instaladas na cidade, produzindo alumínio, colchões, alimentos, brinquedos, calçados, roupas, couro ecológico, embalagens, transformadores, peças automobilísticas e álcool, entre outros produtos. A diversificação passa também pelo setor frigorífico, de carne bovina, aves e, em breve, de pescado.

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