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Mato Grosso do Sul, 20 de abril

Trabalhadores são encontrados em condição análoga à escravidão

Operação contra trabalho escravo resgata 11 pessoas em Bataguassu

Por Ana Cristina Santos
31/01/2017 • 11h06
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Onze trabalhadores foram encontrados em condição análoga à escravidão em uma fazenda em Bataguassu durante operação realizada no sábado (28) pelo do Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Superintendência Regional do Trabalho (SRT-MS).

Os trabalhadores foram retirados da fazenda. Segundo o MPT, foi constado um ambiente degradante, sem energia elétrica, que também abrigava galinhas, porcos, ratos e rações de animais.

Ainda segundo relatos feitos ao MPT, os trabalhadores alimentavam-se de animais silvestres, compartilhavam um vaso sanitário, bebiam água de uma lagoa com indícios de contaminação por esgoto, estavam em situação de vulnerabilidade, além de impedidos de saírem do local.

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Os trabalhadores recebiam, em média, R$ 30 por dia. O valor era utilizado para a compra de materiais básicos de alimentação e higiene, como papel, barbeador, sabão, todos comercializados pelo contratante. As vítimas também informaram que os pagamentos das diárias eram feitos sob coação. “Um par de chinelos simples foi vendido por R$ 50. E isso acontecia com outros produtos”, disse o procurador do Trabalho Paulo Douglas Almeida de Moraes.

Apesar de terem sido constatadas diversas irregularidades, não houve prisões, uma vez que o proprietário da fazenda e o “atravessador” não estavam no local.

Os trabalhadores foram levados para um alojamento em Bataguassu, mas , segundo o procurador, a maioria manifestou interesse em continuar na propriedade, desde que haja alojamento adequado e cuidados exigidos para essas atividades.

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