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Com 2 mortes em Três Lagoas e outras 18 em MS, governo descarta surto de H1N1

Somente neste ano, 20 pessoas morreram vítimas da gripe em Mato Grosso do Sul

Por Kelly Martins
19/05/2016 • 10h47
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Ao menos 20 pessoas morreram em Mato Grosso do Sul, sendo duas em Três Lagoas,vítimas de H1N1 neste ano. Em apenas uma semana, seis mortes foram registradas decorrentes da doença, segundo o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde, o que tem causado temor na população. No entanto, o governo descarta a ocorrência de surto da gripe no estado.

O secretário de estado de Saúde, Nelson Tavares, reforça que  a pasta tem realizado medidas de ação e prevenção contra o vírus Influenza após os últimos registros de óbitos da doença nos municípios. De acordo com Tavares, a secretaria já está monitorando e enviando equipes técnicas aos locais de notificação e registro de mortes. O objetivo das visitas, que já fazem parte do cronograma da SES, é auxiliar e verificar junto ao município se está ocorrendo alguma falha nas orientações do protocolo de ação determinado pelo Ministério da Saúde.

“Estamos preocupados com os casos que estamos notificando e também com os óbitos, porém isso não determina um cenário de surto ou de pânico para a população. Por isso estamos encaminhando equipes para municípios como Naviraí, para capacitar e verificar se está ocorrendo alguma dificuldade na aplicação dos protocolos do Ministério da Saúde”, disse o secretário.

Ele destaca que é primordial que a população em todos os municípios adote os cuidados essenciais para se evitar a infecção pelo vírus. São medidas como: lavar as mãos, evitar locais fechados, utilização de álcool em gel, tapar a boca ao espirrar ou tossir. “Cada município tem a prerrogativa de adotar a melhor medida de prevenção, mas inicialmente vamos aguardar a avaliação das visitas técnicas, para darmos o próximo passo. Com o diagnóstico técnico poderemos verificar se há ou não a necessidade de medidas como interrupção de atividades em algumas instituições. Não há uma situação de pânico, mas as pessoas devem se cuidar”, declarou o secretário.

O secretário aponta ainda que a SES está abastecendo as unidades de saúde com o medicamento Tamiflu, para o tratamento da doença e reforça para que as pessoas que se encaixam no público-alvo da vacinação (pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade) procurem os postos de vacinação.

Mortes

O primeiro caso em Três Lagoas ocorreu em 15 de abril.Trata-se de uma moradora do bairro Interlagos, de 30 anos de idade. A mulher foi diagnosticada com a doença no dia 13 de abril. Ela chegou a ser internada no Hospital da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) e, em seguida, foi transferida para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora. Porém, morreu dois dias depois. 

A segunda morte foi de um pecuarista, em 4 de maio. Ele morava no bairro Jardim Primaveril e morreu no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde ficou internado por 15 dias. Outras mortes foram registradas em Campo Grande (7), Naviraí (4), Aquidauana (1), Caarapó (1), Corumbá (1), Coxim (1), Juti (1), Maracajú (1), São Gabriel Do Oeste (1). 

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