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Especialista alerta população contra as Hepatites

No Brasil estima-se que há mais de duas milhões de pessoas com hepatite e cerca de 1,5 milhão são portadores do tipo mais grave, o tipo C

Por Danielle Leduc
27/07/2016 • 10h56
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 O gastroenterologista Moacir Augusto Dias aproveitou a proximidade Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, dia 28 de julho, para informar sobre os tipos de Hepatites, os sintomas, como prevenir e tratar a doença. O objetivo é atrair a atenção da população e incentivar o diálogo para o tema.

“Hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus ou bactéria, ou uso excessivo de medicamentos, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas”, diz Moacir. Segundo o especialista, os principais sintomas são mal estar, dor abdominal (principalmente no lado direito do abdômen), febre, dor de cabeça, cansaço, vômitos, pele e olhos amarelados (icterícia), coceira pelo corpo, urina escura e fezes claras.

Hepatite A e E

A transmissão pode se dar pelo contato com saliva e fezes da pessoa contaminada ou por meio da ingestão de água e alimentos contaminados. As hepatites A e E não se tornam crônicas, apesar de poderem levar à morte por insuficiência hepática em alguns casos. As principais formas de prevenção são manter as mãos limpas, beber água filtrada e ingerir frutas e verduras que tenham sido higienizadas em uma solução contendo água sanitária.

Hepatite B e D

É transmitida por relações sexuais sem proteção e compartilhamento de objetos de uso pessoal contaminados, como lâminas de barbear, escovas de dente, equipamentos de manicure, agulhas, seringas, equipamentos de tatuagem e piercing, além de agulhas de acupuntura. A hepatite causada pelo vírus B evolui para doença crônica em 5 a 10% dos casos, podendo levar à cirrose hepática. O vírus da hepatite D depende da presença do vírus da hepatite B para se reproduzir, e as maneiras de evitá-la são as mesmas do tipo B da doença.

Hepatite C

A transmissão se dá pelo contato com sangue contaminado que pode estar presente em objetos de uso pessoal sem esterilização. A hepatite C atinge o quadro crônico na maioria das pessoas (70 a 80% das infecções), evoluindo para cirrose hepática e para câncer do fígado. A principal forma de se prevenir é praticar sexo seguro, usar preservativo nas relações sexuais e não ter contato com sangue contaminado. Não existe vacina.

Excesso de bebida alcoólica

O consumo em excesso de bebidas alcoólicas pode causar a doença hepática alcoólica, já que é o fígado o principal responsável por metabolizar a substância. Quando o álcool é processado, o órgão produz substâncias altamente tóxicas que podem provocar três tipos de lesões hepáticas: acúmulo de gordura (fígado gordo), a inflamação (hepatite alcoólica) e o aparecimento de cicatrizes (cirrose).

Hepatite medicamentosa

É uma grave inflamação do fígado causada pelo uso de remédios em excesso ou porque a pessoa tem hipersensibilidade a certos medicamentos, como se fosse uma reação alérgica do fígado manifestada na forma de hepatite.

Recomendações

  • Manter boas práticas de higiene pessoal;
  • Lavar bem e cozinhar os alimentos;
  • Usar preservativos e seringas descartáveis;
  • Utilizar equipamentos de proteção para quem trabalha com materiais como tintas;
  • Fazer exames periódicos;
  • Evitar automedicação – remédios somente com prescrição médica;
  • Não ingerir remédios e chás caseiros.

(Com informações da CDN Comunicação)

 

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