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Hospital Auxiliadora define data para pagamento de parcela do 13º salário dos funcionários

Trabalhadores receberão somente a metade do valor restante e permanecem em greve

Por Tatiane Simon
08/01/2016 • 18h53
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O Hospital Auxiliadora promoveu nesta sexta-feira, 8, uma reunião com aproximadamente 200 funcionários para definir a data em que será feito o pagamento de parte do que os colaboradores ainda têm a receber. A quantia refere-se à metade da segunda parcela do 13º salário.

À reportagem da TVC Agora, o diretor-administrativo do Auxiliadora, Eduardo Ottoni, explicou que vai pagar metade da segunda parcela do 13º na próxima segunda-feira, 11. A outra metade será paga no dia 1º de março.  “Conseguimos renegociar alguns títulos com alguns fornecedores então pedimos mais prazo e compreensão aos colaboradores. Uns compreenderam e outros não”.

Com relação à outra metade do 13º salário, que será pago daqui dois meses, Ottoni afirma que a instituição não tem como disponibilizar esse recurso. “É necessário que agora tenhamos a revisão do processo de contratualização”, pontua.

Embora a reunião tenha definido os dias de pagamento, parte dos funcionários permanecem em greve. Segundo o presidente do sindicato dos empregados em estabelecimentos de saúde de Três Lagoas (Sinees) e do sindicato dos enfermeiros e técnicos auxiliares (Seta), João Gonçalves, a paralisação vai continuar. “Vamos manter a greve até que recebamos integralmente. Mas saliento que o sindicato ainda não foi notificado e eu estava na reunião como funcionário do hospital que sou e espero que a empresa faça essa notificação para a entidade sindical e a partir daí a categoria tomar a própria decisão”.

DÍVIDA

 A dívida do hospital hoje gira em torno de R$ 6 milhões. Segundo Ottoni, o Auxiliadora atende acima do valor contratado.

O acordo de repasse com a Prefeitura e o Governo do Estado termina em fevereiro. O novo contrato pode ajudar a resolver a situação financeira. “Temos demonstrado com muita transparência como o recurso chega e como é investido e o nosso déficit no último ano foi de quase R$ 5 milhões no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que o déficit do SUS no último trimestre ficou na casa de R$ 600 mil/mês. Nosso objetivo é que estes valores sejam repassados no Hospital no próximo contrato. Temos hoje uma despesa SUS na faixa de R$ 3.300.000 e a receita do hospital do SUS está na média de R$ 2.700.000, então falta em torno de R$ 600 mil. Desconsiderando a inflação do ano de 2016 que ainda vem aí pela frente. Então é necessário que tanto município e Estado aportem o recurso para que a gente possa continuar prestando atendimento a mais do que nós tínhamos pactuado e contratado anteriormente, ou seja, hoje atendemos muito mais do que o realmente havia previsto no contrato há dois”, finaliza.

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