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Mais de 600 pessoas passam por cirurgia de catarata

Mutirão de Catarata foi dividido em três etapas e atendeu a 500 pessoas de junho até ontem

Por Cláudio Pereira
08/08/2012 • 14h30
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 Foi encerrada ontem a última etapa do Mutirão de Catarata, em Três Lagoas. Quinhentas pessoas passaram por procedimentos cirúrgicos gratuitamente nos últimos três meses. De acordo com Vanessa Candido Pirola, coordenadora do setor social do Centro de Especialidades Médicas (CEM), responsável pelas triagens dos pacientes, a maioria dos interessados em passar pela cirurgia é idosa. “Já atendemos a uma jovem de 15 anos e até crianças, mas esses casos são mais raros”, explicou.

A primeira etapa do mutirão foi realizada em junho, quando 150 pessoas foram beneficiadas. Em julho, foram realizados outros 150 atendimentos e neste mês 200 pacientes foram submetidos ao processo cirúrgico. Segundo Vanessa, as cirurgias foram custeadas pela Prefeitura. Em março, outras 119 pessoas foram operadas no primeiro mutirão do ano. “Na época, o Sistema Único de Saúde [SUS] bancou o projeto”, disse. No ano passado foram realizados 119 cirurgias contra a doença.

Os procedimentos cirúrgicos foram realizados pelo oftalmologista Francisco Carlos Verzola Lopes, de Lucélia, interior de São Paulo. A recuperação do paciente é rápida. Após quatro horas, o tampão utilizado para proteger o olho já pode ser retirado. O resultado também é quase que instantâneo.

PACIENTES

Angelina Luiza de Souza, 90 anos, aguardava para realizar a cirurgia no olho esquerdo. Ela sofria de catarata há quatro anos e disse que se não fosse de graça jamais poderia fazê-la. “Essa operação custa R$ 7 mil. Estou muito contente por ser atendida gratuitamente. Eu já fiz uma no olho direito e já enxergo bem melhor. Após a segunda cirurgia, acho que vou enxergar 100%”, disse.

“Acredito que se eu não conseguisse ser operada de graça, ficaria cega”, disse Maria de Lourdes Braga, de 68 anos. Ela contou que não tinha condições de fazer a cirurgia de catarata devido ao alto custo. “Estou muito satisfeita por não ter que pagar nem pelo colírio que deve ser utilizado após a operação. A anestesia doeu um pouquinho, mas valeu a pena”, disse.

Devanir Alves Lima, 50 anos, sofre de astigmatismo, miopia profunda e catarata. Os dois primeiros problemas são de nascença. “Uso óculos desde criança. Hoje, eles têm 14 graus”, disse Lima, que precisou adiantar a aposentadoria por conta da pouca visão. “A expectativa é de que eu passe a usar novos óculos de 10 graus, pelo menos”, completou. Lima disse ainda que não passará por uma correção total da visão, pois corre o risco de ficar cego, já que o problema é de nascença.

“Agora, tenho novas expectativas de vida. Espero poder abandonar meus óculos de uma vez por todas”, disse Lídia da Cruz Bononi, de 77 anos. Ela havia acabado de passar pelo segundo procedimento cirúrgico. “Já enxergo bem melhor com o olho operado. Após tirar o tampão, poderei dizer que minhas vistas estão 100%”, completou. 

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