Prefeito de Bataguassu, Pedro Caravina, participou do encontro - Chico Ribeiro/Notícias MSO município de Bataguassu foi um dos seis municípios selecionados pelo governo do Estado para integrar um plano piloto para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do zika vírus e da chicungunha. De acordo com informações da agência de notícias do Estado, Notícias MS, a intenção é usar tecnologia e informação para evitar uma epidemia das doenças no Estado, principalmente do zika, associado à microcefalia.
Nesta segunda-feira, a Secretaria de Estado de Saúde promoveu uma reunião com prefeitos e secretários de cinco desses municípios polos. O encontro, realizado na Sala de Situação, no Parque dos Poderes, também contou com a participação de representantes da Subsecretaria de Comunicação.
Para o secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares, o Estado está “potencialmente à frente de uma calamidade”. A estratégia da pasta será aperfeiçoar a qualidade das visitas dos agentes de comunitários, de saúde e de endemias aos 850 mil domicílios de Mato Grosso do Sul. Além de Bataguassu, o plano será implementado em São Gabriel do Oeste, Maracaju, Bonito, Costa Rica e Taquarussu.
Pelo piloto, agentes de endemias terão tablets e smartphones para se comunicar em tempo real com a Sala de Situação. O objetivo é usar GPS para verificar se o agente realmente visitou o domicílio. O governo do Estado já desenvolveu programa específico para a ação, que contará com 260 tablets, vindos da Receita Federal.
Além disso, o governo do Estado estuda ainda fazer um pagamento por produtividade aos agentes de endemias como forma de incentivar o trabalho de campo.
Para o secretário de Saúde, o Zika poderá ser protagonista da maior epidemia de saúde pública dos últimos 100 anos, superando as epidemias de Aids e de poliomelite no século passado.
Em Bataguassu, a Secretaria Estadual de Saúde havia contabilizado, até o dia 12 de dezembro (último boletim divulgado antes do recesso), 107 casos notificados de dengue. O município está na 66ª posição em todo o Estado, com uma incidência de 506,1 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Na região do Bolsão, são 5,9 mil casos da doença, sendo a situação mais crítica registrada em Brasilândia, com 573 notificações.
Mato Grosso do Sul registrou mais de 38,5 mil notificações de dengue até a primeira quinzena deste mês.
