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Três Lagoas, 26 de abril

25/8/19 - O centenário de Stênio Congro

Militar, advogado, político e jornalista. Diretor-Geral do Jornal do Povo por quase 30 anos completaria amanhã um século de vida

Por Redação
24/08/2019 • 07h25
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Se estivesse vivo, o diretor responsável pelo Jornal do Povo entre 1962 e 1991, Stênio Congro, completaria 100 anos, neste domingo, dia 25. A data simboliza o tempo de um legado de honradez e dignidade em todos os setores da atividade que se envolveu. De exemplos do cidadão idealista voltado para a defesa intransigente da democracia e dos valores cívicos que sustentam na Pátria a cidadania, assim como, os valores éticos, a crença permanente que o animava a dar sua contribuição ao engrandecimento de sua cidade, Estado e país. Assim era Stênio Congro.

O que mais desejava era o bem-estar da família e suas realizações, além do alcance da felicidade e fartura da gente brasileira, longe da miséria, da ignorância e das limitações que o analfabetismo impõe aos cidadãos. 
Tudo que fazia tinha intensidade sem limites. Era homem comprometido com suas obrigações. Nutria pela família um amor sem fim. Nada o detinha na busca dos princípios que encarnava na manutenção do seu núcleo familiar, esposa e filhos. 

Nunca mediu esforços para realizar o cumprimento da sua missão. Estabeleceu para si uma linha de ação reta e de intensa realização em todas as atividades que se envolveu na sua trajetória. 

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Como filho, foi exemplar. Jamais se afastou da educação legada pelos pais Rosário e Judith, que morreu ainda quando estava na mocidade. Buscou nos estudos com aplicação o conhecimento que proporciona crescimento como ser humano. Na vida estudantil pontilhou todos os caminhos que o conduziram na juventude, primeiramente, para a escola militar e depois aos estudos acadêmicos na faculdade de Direito. Advogou com honradez e determinação na defesa do interesse de seus clientes em Lins (SP) e em Três Lagoas. 

Nomeado promotor de Justiça para desempenhar suas funções na Comarca de Três Lagoas, liderou movimento para a convocação e realização de concurso público para efetivação no cargo. Passou em primeiro lugar e exerceu suas funções no Ministério Público do Estado entre 1959 e 1974, quando aposentou-se no cargo de Procurador de Justiça. Defendeu a sociedade e os ditames da lei.

Nunca foi inclemente na acusação no Tribunal do Júri e nem excedeu-se no exercício e nas atribuições de suas funções; pelo contrário, era conciliador. Naqueles tempos quando não existia a Defensoria Pública, recebia diariamente em seu gabinete dezenas de pessoas para quais sempre tinha uma palavra de esclarecimento, aconselhamento e conciliação, inclusive, para casais em desarmonia que o procuravam para patrocinar a separação conjugal. Nunca tinha pressa para atender, aconselhar; fazia tudo com prazer. Pontificou no exercício de suas atribuições como Promotor de Justiça a devoção ao primado da lei. 

Como vereador em Lins, onde exerceu o mandato entre 1956 e 1957, e em Três lagoas entre 1970 e 1976, por dois mandatos consecutivos, destacou-se pela apresentação de projetos de lei voltados ao desenvolvimento. E, requerimentos de providências e indicação ao bem-estar dos munícipes. Duro, às vezes, exercia o poder fiscalizador que lhe cumpria entre as inumeráveis obrigações atribuídas ao vereador.

Entre 1962 e 1991, foi diretor responsável pelo Jornal do Povo, exercendo as funções de redator-chefe. Editava o Jornal do Povo igualmente com extrema dedicação. Foi e continua sendo a chama vida que anima a circulação do JP até hoje. Nas suas colunas defendeu com intensidade os interesses de Três Lagoas, propugnando, sempre, pelo seu desenvolvimento social e econômico e a elevação da qualidade de vida de sua gente.  Registrou nas colunas do JP durante quase 30 anos a história do povo e da cidade, celebrando suas conquistas e defendendo a concretização de suas aspirações. 

Gerou oportunidades de trabalho; sempre foi solidário e generoso com o próximo. Praticou o bem. Foi marido amantíssimo e como pai, mais que amoroso - um farol que ilumina os seus caminhos até os dias presentes.
Stênio Congro escreveu seu nome na vida, disse a que veio, apaixonou-se por tudo que fez. Como advogado, promotor de Justiça, político e jornalista escreveu sua história e deixou um legado que honra sua memória.

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