RÁDIOS
Três Lagoas, 25 de abril

27/abril/2010 - UM Grande dia! PETROBRAS CONFIRMA a UFN 3

Jornal do Povo completa 70 anos de muitas notícias, em Três Lagoas

Por Valdecir Cremon
29/07/2019 • 08h13
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A   frustração que tomou conta do três-lagoense, em fevereiro de 2010, durante visita do ex-presidente Lula à cidade, para inauguração das fábricas de papel e celulose Fibria e International Paper, se desfez em menos de dois meses, quando a Petrobras confirmou a instalação da UFN 3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados) na cidade, dia 27 de abril.

O Jornal do Povo acompanhou toda a movimentação política que cercou o anúncio da fábrica de projeto bilionário desde a disputa entre Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Minas Gerais e São Paulo pela fábrica. Em Mato Grosso do Sul, a disputa era entre prefeituras de diversas cidades - inclusive maiores que Três Lagoas -, que tentavam conquistar o investimento.

Pesou favoravelmente à cidade uma série de fatores. Entre eles, a unidade política em torno da administração estadual da época, comandada pelo PMDB (hoje, MDB). O ex-governador André Puccinelli deixou bem clara sua ligação política com a ex-prefeita Simone Tebet, de seu partido, futura vice-governadora e atual senadora apoiada por ele.

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A confirmação da escolha de Três Lagoas foi dada pelo ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, com previsão de investimentos de R$ 2 bilhões e de início de operação em 2014. A ex-prefeita Márcia Moura (MDB), disse ao jornal, na data, que a "agilidade" da prefeitura e do governo estadual na compra da área de 556 hectares e a emissão de laudos ambientais foi preponderante para que Três Lagoas fosse escolhida.

Puccinelli exaltou a disposição da Petrobras em atuar em um segmento distante do de produção de combustíveis para suprir a demanda brasileira de fertilizantes nitrogenados. Na época, o Brasil importava três toneladas de ureia para cada quatro consumidas pelo setor agropecuário. 

Outro fator destacado é que a instalação da UFN 3 geraria sete mil vagas de trabalho no período de obras, mais 500 empregos diretos, 14 empresas do setor de fertilizantes, milhões de dólares em faturamento,  a viabilização econômica do gasoduto Bolívia-Brasil e milhões de dólares em impostos a cada ano. 

Nem tudo se confirmou e parte da frustração retornou pouco tempo depois. A obra foi paralisada depois de dois anos e meio, com 82% de seu cronograma prontos, e agora, cinco anos depois, está perto de passar para um grupo empresarial russo, como o Jornal do Povo noticia desde março de 2018.

Além do desemprego gerado com a paralisação, o Jornal do Povo noticiou o sacrifício de prestadores de serviços e fornecedores que não receberam seus contratos e de milhares de trabalhadores que foram obrigados a recorrer à Justiça para receber salários e direitos. 

Hoje, em 2019, há grande expectativa que a negociação com russos confirme as promessas de 2010 e Três Lagoas se transforme, verdadeiramente, em uma capital nacional de produção de fertilizantes nitrogenados.

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