A paixão de Davilly Tabone Ramos de 10 anos por bicicletas antigas está chamando a atenção em Três Lagoas. O menino tem 29 bicicletas antigas, algumas delas já reformadas e outras que ainda faltam passar por consertos. O menino mostrou seis bicicletas antigas que ele mesmo reformou a nossa reportagem e contou orgulhoso um pouco da história de cada uma delas. 

Davilly Tabone conta que a paixão surgiu quando ele ainda tinha seis anos e viu uma Monareta em uma oficina mecânica e tentou comprar do dono da bicicleta, mas não conseguiu, então a solução foi pesquisar na internet e ele acabou encontrando uma Monareta ano 83 a venda. Acompanhado do pai, o menino foi até o dono da bicicleta e ele mesmo negociou e acabou comprando a “bike”. Já com a Monareta nas mãos, o menino começou a ajudar o pai a reformar a Monareta que ficou pronta em quase três semanas. O detalhe é que até uma bolsa de couro de jacaré foi comprada pelo pai de Davilly para completar as peças e adornos originais.

Na coleção do menino ainda existem bicicletas raras como uma cargueira Goricke ano 48, uma Barra Simples 71, uma Caloi Ceci 61 e outra 60, além de uma Monark Brisa 72. Todas elas foram reformadas por Davilly Tabone, com a ajuda do pai Carlos Alexandre Ramos e o apoio da mãe Alessandra Tabone Ramos. Os pais do menino ainda contam com orgulho dessa curiosa paixão de Davilly: “Nós incentivamos porque ele gosta muito e é curioso. Tudo que ele quer saber sobre as bicicletas, ele pesquisa na internet, pergunta pra outras pessoas e isso é bom porque estimula muito o desenvolvimento dele. A gente ajuda, mas é ele que faz a maior parte de tudo, negocia, vai atrás das peças e conserta. Ele que mete a mão na massa”; conta a Alessandra. Além dos pais de Davilly, o amigo Pedro Arouca Lopes de 11 anos também ajuda no conserto e também já embarcou na paixão pelas bicicletas junto com o amiguinho.

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A paixão do menino vai mais além das bicicletas: “Eu gosto também de carros antigos e tenho um fusca. Pouco a pouco meu pai e eu estamos reformando ele pra ficar bem original. O que não podemos ter é pressa, pois às vezes não encontramos peças do fusca e das bicicletas, então temos que pesquisar e negociar pra comprar mais barato.”; conta o menino afirmando que é ele quem negocia: “Eu quem negocio, as vezes eles – donos das bicicletas – pedem um valor muito alto, aí eu vou conversando até conseguir um preço melhor, porque também preciso comprar peças, tinta, rodas, tem muita coisa pra fazer as vezes, então quanto mais barato eu conseguir pagar na “bike” é melhor”; destacou Davilly.

Da coleção do menino, quatro bicicletas já estão prontas e duas ainda irão passar por uma pintura completa. As outras bicicletas estão guardadas para futuramente serem consertadas e reformadas, pois segundo o menino, às vezes é difícil encontrar as peças para deixar a bicicleta a mais original possível. Todas ficam guardadas longe da exposição do sol e chuva.

Segundo o menino até o fim do ano ele pretende deixar as bicicletas prontas, mas avisa que nenhuma está à venda especialmente a Monareta 83: “foi a minha primeira, então ela é o símbolo disso tudo. Já me ofereceram R$ 2 mil, mas não vendi. É meu xodó. Outra que também não vendo é a Barra Simples 71. Dei de presente pro meu pai e aos fins de semana a gente anda juntos pela lagoa. É uma paixão que ele e eu dividimos e isso não tem preço”; finalizou o menino.