RÁDIOS
Três Lagoas, 25 de abril

Acusado de assassinato fica com bala na cabeça

Carlos Roberto Felipe é autor dos disparos contra a ex-mulher

Por Valdecir Cremon, Alfredo Neto e Ana Cristina Santos
07/12/2019 • 09h17
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O ex-funcionário público Carlos Roberto Felipe, de 59 anos, autor dos disparos de revólver caibre 32 que mataram a professora Ângela Maria Jorge, no dia 30 de novembro, na saída de um baile, em Três Lagoas, terá de conviver com uma bala alojada na cabeça. Ele recebeu alta médica da Santa Casa de Campo Grande, para onde foi levado por indicação de um médico particular, três dias depois do crime. A arma usado no crime foi comprada na década de 1990, época em que Carlos Felipe trabalhava como motorista de autoridades da Prefeitura de Três Lagoas como assessor de confiança. 

O projetil é decorrente de uma tentativa de suicídio cometida por ele, após o assassinato, em um disparo que dilacerou a orelha direita e destruiu parte do couro cabeludo. No local, médicos de Campo Grande fizeram um enxerto de pele e uma cirurgia de reparação. Carlos Felipe não terá nenhuma sequela do disparo, segundo pessoas próximas a ele.

Antes de ser levado a Campo Grande, o atirador foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) e conduzido ao Hospital Auxiliadora, onde o estado de saúde dele foi classificado como grave.
O hospital de Campo Grande emitiu apenas um comunicado de que Carlos Felipe passaria por uma cirurgia, na segunda-feira, dia 2 de dezembro, com estado de saúde considerado bom. 

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Após receber alta, ele foi levado para a DAM (Delegacia de Atenção a Mulher) da capital do Estado para prestar depoimento. De lá, Carlos Felipe deve ser transferido para o presídio de Três Lagoas e responder a inquérito por feminicídio, que tem pena prevista de 12 a 30 anos de prisão. A Justiça expediu mandado de prisão preventiva contra ele
A reportagem não conseguiu localizar um advogado contratado pela família de Carlos Felipe. 

CAUSA PASSIONAL
No hospital de Campo Grande, Carlos Felipe teria dito que fez “uma burrice” ao cometer o crime, motivado por ciúme ao se encontrar com Ângela na saída do baile. Ela estaria acompanhada de um amigo, justamente por medo do assédio de Carlos, segundo investigação em andamento na Polícia Civil. 

O atirador havia se relacionado por cerca de seis meses com Ângela - ex-diretora da Escola Municipal Bom Jesus, do bairro Jardim Wendrel -, de quem estava separado desde setembro e, inclusive, já com outra namorada, também professora. 
O crime passional foi revelado em um bilhete deixado por ele no carro, em frente ao local do baile, com anúncio da vingança.

Na quinta-feira (5), a mãe de Carlos, Maria Felipe, de 88 anos, falou pela primeira vez sobre o caso. Disse que o crime chocou toda a família e que não consegue entender como o filho decidiu matar Ângela. Disse, ainda, que “ele tem que pagar pelo que cometeu” e pediu perdão à família da professora.  

 

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