RÁDIOS
Três Lagoas, 16 de abril

Alunos e professores fazem rifa para comprar ventilador para a sala de aula

Equipamentos da Escola Estadual Luiz Lopes de Carvalho estão com problema e estudantes sofrem com o clima quente

Por Sergio Colacino
20/03/2018 • 07h00
Compartilhar

Imagine passar cinco horas estudando em um sala de aula cheia de alunos e sem ventilador, em um calor de 38°. Essa é a realidade dos estudantes da Escola Estadual Luiz Lopes de Carvalho, no bairro Santa Terezinha, em Três Lagoas. Por conta do clima insuportável dentro das salas, algumas aulas foram levadas para o corredor externo. Quando isso não é possível, os próprios professores levam de casa alguns ventiladores para amenizar a situação.

“Muitos alunos têm passado mal. Trabalhamos com uma média de 40 estudantes por sala, com quatro ventiladores de teto em cada, mas nem todos funcionam. Hoje mesmo (19), três crianças já foram embora por causa do calor”, diz a coordenadora Verônica do Nascimento Ferreira.

Sem recursos para consertar ou comprar novos equipamentos, os funcionários da escola tentam arrecadar fundos por conta própria, com rifas e venda de pastéis. “É difícil, as pessoas às vezes não entendem, dizem ‘ah, o Governo tem que dar isso’. Mas a situação é urgente e a verba nem sempre é liberada com essa urgência”, lamenta a coordenadora.

Nesta segunda-feira (19), Três Lagoas registrou 36°. Na última semana, a sensação térmica de 41,6°C fez com o município fosse o mais quente de Mato Grosso do Sul na terça-feira (13), segundo o Instituto de Meteorologia da Uniderp/Anhanguera, de Campo Grande.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação afirmou que "segundo a Coordenadora Regional de Educação de Três Lagoas, Marizeth Bazé Kill, a direção da escola, ciente do problema, já mandou consertar os ventiladores que estavam com defeito e que essa situação foi pontual".

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

Mais de JPNews Três Lagoas