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Três Lagoas, 26 de abril

Anatel registra queda de 85% na utilização de orelhões

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registrou uma queda de 85% no consumo de créditos nos orelhões

Por Claudio Pereira
05/09/2012 • 12h30
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 A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registrou uma queda de 85% no consumo de créditos nos orelhões entre o período de 2007 e 2011. Pesquisas realizadas pela companhia mostraram que, atualmente, o uso desses aparelhos tem diminuído em todo o Brasil. Em 2010, por exemplo, menos de 4% da população utilizavam orelhões diariamente. Os responsáveis pela queda são os celulares pré-pagos que, nos últimos anos, têm deixado de ser apenas receptores de ligações ao se tornarem grandes originadores de chamadas devido às inúmeras promoções realizadas pelas empresas de telefonia móvel. 


Os dados mostraram que a popularização da telefonia móvel tornou os telefones públicos obsoletos. Na maioria das vezes, eles só são utilizados em casos específicos como para realizar ligações para emergências, fazer denúncias anônimas, trotes ou simplesmente quando a bateria do celular fica descarregada em um momento inesperado. 
Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, existem 3.622.533 telefones móveis, conforme dados da Anatel atualizados em julho deste ano. O número mostra que para cada pessoa há 1,4 aparelho, levando em consideração que o Estado possui 2.449.024 habitantes, segundo o censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O aumento na adesão dos celulares aumentou significativamente. No ano passado, a Anatel havia registrado 3.449.512 celulares. Neste ano, já existem 1.173.509 aparelhos a mais. Esse crescimento torna ainda menos interessante a procura pelos aparelhos fixos públicos. Em Três Lagoas, existem apenas 481 orelhões instalados em um universo de 105.224 habitantes. Há cinco anos, existiam 535. Nesse período, a queda foi de 54 aparelhos, pouco mais de 10 foram extintos a cada ano. Os dados são da Anatel. 

MAU USO
A baixa procura pelos orelhões deixou-os vulneráveis. Atualmente, é comum encontrar aparelhos danificados. Em nota, a Oi, operadora responsável pela instalação e manutenção de fixos públicos em Mato Grosso do Sul, informou que nos sete primeiros meses do ano, foram danificados por ato de vandalismo, 1,68% dos aproximadamente 13 mil orelhões instalados no Estado. A Oi informou ainda que, no mesmo período, 23 campânulas de orelhões são trocadas mensalmente. 

A Oi informou ainda que mantém um programa permanente de limpeza de seus telefones públicos e conta, ainda, com as solicitações de reparo enviadas à companhia pelo canal de atendimento 103 14, realizadas por consumidores e por entidades públicas. As informações sobre orelhões danificados contribuem, sobremaneira, para que a Oi repare os danos e atenda às necessidades de comunicação da população em geral.

Do total de reclamações de usuários, 90% ocorrem em virtude de atos de vandalismo, principalmente por danos nas leitoras de cartões, monofone, teclado, pichações e colagem indevida de propaganda de empresas nas máquinas e protetores de fibra (orelhas).
 

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