As secretarias de Esportes e Educação são as primeiras que podem ter mudanças, em razão das atuais secretárias serem indicações de partido e vereador. A vereadora Marisa Rocha (PSB) deve deixar o comando da Secretaria de Esportes e voltar para a Câmara. O cargo dela e de outros funcionários na pasta são indicações do PSB, partido se manteve na oposição, mesmo a conquista da pasta, neste ano. Dois vereadores da legenda na Câmara mantêm posições contrárias à base aliada do prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB), inclusive com rejeição de dois projetos de interesse do Executivo: um que reajusta o IPTU e outro que trata de empréstimos para obras de drenagem.

A Educação é outra área que deve sofrer mudanças. A professora Maria Célia de Medeiros estaria na “corda bamba” por ser aliada do presidente da Câmara, André Bittencourt (PSDB) que, embora seja do mesmo partido do prefeito, também não estaria aliado à base. Ele votou contra projetos de autoria do Executivo, na sessão desta semana. 

Uma mudança no comando da Secretaria de Saúde também não estaria descartada, bem como na chefia de gabinete.  Nomes como dos ex-vereadores Jorge Martinho (PSD) e Jurandir da Cunha Viana, o Nuna (MDB), são cogitados para integrar o governo de Guerreiro.

Nesta quinta-feira, o prefeito preferiu não revelar, mas adiantou que mudanças ocorreram e que outras devem acontecer em seu terceiro ano de mandato.  “São mudanças para melhor. O que não está dando certo temos de mexer. A função do gestor é essa, doe a quem doer”, destacou.

Guerreiro revelou que vai baixar uma portaria que impõe mais responsabilidade aos secretários. Citou como exemplo prédios que estariam com mato alto ou abandonados. Sobre isso, disse que a responsabilidade de manutenção é do secretário de cada pasta.

Guerreiro disse também que "o prazo já foi o suficiente" para que cada secretário mostrasse serviço. “O que não funcionou até agora, terá que funcionar daqui pra frente. Alguns caem no comodismo, e dizem 'eu tenho indicação'. Mas, eu afirmo que não existe indicação para cargo no governo”, frisou.

SEIS HORAS

Guerreiro revelou também que não vai reduzir o expediente  como tem sido reivindicado por vereadores e sindicatos. “Não tem seis horas aqui não. São oito horas. Eu trabalho doze, quatorze....todos os cidadãos trabalham oito horas”, esbravejou o prefeito.

Guerreiro disse que a mudança do expediente em período integral, diferente da administração anterior, tem dado resultado positivo. “Podem fazer a manifestação, a audiência pública que quiser, que não vai ter seis horas. Exceto para atendente dos Centros de Educação Infantil que estamos analisando”, adiantou.