Após a retirada de três jacarés na Lagoa Maior de Três Lagoas, agora o alvo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente são as capivaras. Levantamento realizado pela equipe da secretaria revela a existência de pouco mais de 150 capivaras no local. Em razão do excesso de capivaras e da possível escassez de alimentos no local, a secretaria solicitou uma avaliação de um técnico da Universidade Federal de Campo Grande em relação a permanência ou não dos animais na Lagoa.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Celso Yamaguti, se for comprovada à necessidade de manejo de parte dos animais, a secretaria vai realizar, assim como ocorreu com os jacarés. Yamaguti disse que já consultou um especialista sobre a possibilidade de irrigar a grama da Lagoa- castigada com esse período de estiagem. No entanto, foi orientado para que isso não ocorresse para não contribuir com o aumento das capivaras.
O secretário disse que não toma nenhuma atitude precipitada, sem antes consultar os especialistas. “Só retiramos os jacarés com base na orientação da Embrapa, e com autorização dos órgãos ambientais. O mesmo vai ocorrer em relação às capivaras”, comentou.
Segundo Yamakuti, a vinda do técnico a Três Lagoas está prevista para o início de setembro. Enquanto isso não acontece e devido ao atropelamento de algumas capivaras na circular da Lagoa Maior, a secretaria de Meio Ambiente solicitou a construção de redutores de velocidade na avenida, já que alguns condutores trafegam em alta velocidade pelo local.
PLANO MANEJO
Ainda de acordo com Yamakuti, até o final deste ano a secretaria deve iniciar o Plano de Manejo da Lagoa Maior. A intenção, segundo o secretário, é que esse estudo, que definirá as principais ações que devem ser executadas para preservar o meio ambiente e o ecossistema da Lagoa Maior- seja feito através de uma parceria com alguma universidade.
O secretário informou que a secretaria já tem R$3,7 milhões disponíveis na conta da prefeitura para serem aplicados nas lagoas. A aplicação dos valores, segundo ele, está em análise junto ao conselho consultivo- formado por representantes de diversos segmentos da sociedade- para definir as ações que devem ser executadas nas lagoas. “Não queremos tomar nenhuma atitude sem antes ouvir a sociedade e especialistas na área”, frisou.