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Três Lagoas, 26 de abril

Após oito anos de espera, três-lagoense recebe rim através de transplante

Neide Alves Canavarro, de 55 anos, fazia tratamento há 21 anos e passou por transplante de rim em setembro

Por Steffany Pincela
13/11/2017 • 06h45
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“Amanheci com os pés inchados. Fui ao médico e comecei a fazer exames até descobrirem que era problema renal”, foi o que disse a contadora Neide Alves Canavarro, de 55 anos.

Ela descobriu em 1996 que tinha problemas renais. Foram 13 anos tratando para conseguir reverter o quadro clínico e não perder a função renal. “Um dia, acordei com um gosto horrível na boca, gosto de ferro. Liguei para o médico em Marília (SP) e ele disse ‘pode vir que com certeza você perdeu a função renal’. Chegando lá fiz exames que confirmaram”, contou.

Em 2011, Neide fez uma cirurgia de implante do cateter para começar a fazer diálise - nome que se dá a qualquer procedimento que promova a remoção das substâncias tóxicas que ficam retidas quando os rins deixam de funcionar adequadamente. Ela seguiu com a diálise por cinco anos e meio, foi quando ocorreu um problema no peritônio e ela passou a fazer a hemodiálise por dois anos, num total de oito anos na fila de espera para a doação de um rim.

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Por conta da situação, a contadora era uma pessoa triste, carente e possuía depressão. Ela fez tratamento na Santa Casa de Marília por 21 anos e passou por transplante de rim no dia 15 de setembro. “No começo eu tive muito medo de nunca conseguir um doador, mas como para Deus nada é impossível, Ele fez um milagre em mim, preparou um doador no mês de setembro de 2017. Hoje sou outra pessoa tanto na saúde física quanto mental”, disse.

Neide salientou que a partir de agora tem vida nova. “Agora posso tomar água à vontade, que é melhor coisa do mundo, posso comer de tudo, principalmente frutas, que gosto bastante e quase não podia comer por não ter os rins. Deus mudou totalmente a minha vida, hoje sou outra mulher sou feliz, tenho ânimo e sou muito agradecida a Deus pelo que Ele fez por mim e por minha família, pois o sofrimento não era só meu era de todos nós da família e hoje temos outra vida graças a Deus”, finalizou.

FILA DE ESPERA

A fila de espera por transplantes renais no País tem 20.532 pessoas. Em 2016, no Brasil, foram 1.228 transplantes realizados com rins de doadores vivos e 4.436 transplantes com rins de doadores falecidos. No primeiro semestre de 2017, total de 307 transplantes renais de doadores vivos e 1.416 de doadores falecidos foram realizados em todo o território nacional, de acordo com o Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

O órgão mais transplantado em Mato Grosso do Sul é a córnea, seguido por rim e tecido musculoesquelético. De acordo com a Central Estadual de Transplantes (CET), a maior fila de espera por um órgão no Brasil é de pacientes que aguardam por um transplante de rim.

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