RÁDIOS
Três Lagoas, 19 de abril

Após quase dez horas detido, Mário Celso Lopes é liberado

Empresário é suspeito de fechar contrato de R$ 190 milhões para mascarar suborno a um empresário

Por Ana Cristina Santos
08/03/2017 • 19h31
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O empresário andradinense, Mário Celso Lopes, foi liberado no começo da noite desta quarta-feira (8), após ficar detido por quase dez horas na sede da Polícia Federal de Três Lagoas. Os advogados dele conseguiram um habeas corpus, em Brasília.

Ele foi preso na manhã desta terça-feira (8), em Andradina (SP), pelos policiais federais de Três Lagoas. O mandado de prisão temporária de cinco dias, contra o empresário, antigo parceiro de negócios da holding J&F,  é fruto da  2ª fase da Operação Greenfield, deflagrada na manhã de hoje. Mário Celso era um dos sócios da empresa de celulose Eldorado Brasil- fábrica instalada em Três Lagoas.

A investigação, segundo a Polícia Federal, aponta que um contrato de R$ 190 milhões entre os dois principais sócios de um dos maiores grupos empresariais investigados pela Greenfield tenha sido empregado para mascarar o suborno a um empresário concorrente para que não revelasse informações.

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Há indícios de que o contrato de fornecimento de massa florestal de eucalipto para produção de celulose seja apenas uma forma de recompensar o silêncio de um ex-sócio que poderia auxiliar a investigação.

O Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal solicitou ainda o bloqueio de bens, ativos, contas bancárias e investimentos pertencentes a MCL Empreendimentos e Negócios, MCL Participações, Mário Celso Lopes, Mário Celso Lincoln Lopes e Eucalipto Brasil S.A.

Além disso, o MPF requereu também o sequestro de bens imóveis e cotas sociais dos investigados.  Em caso de condenação, o Ministério Público Federal pretende assegurar reparação de prejuízo causado aos fundos de pensão, estimada em R$ 1,7 bilhão.

Investigações relevam que Mário Celso teria participado da constituição da Florestal S/A. Ele seria o principal sócio da MCL, que se aliou ao Grupo J&F Investimentos para a formação da companhia, que teria recebido, posteriormente, aportes financeiros da Petrobras e Funcef, entre 2009/2010.

Segundo o MPF, o empresário, seu filho e outros investigados fraudaram fundos de pensão como o Petros e o Funcef, que, juntos, investiram cerca de R$ 550 milhões no Fundo de Investimentos em Participação (FIP) Florestal, antiga Florestal S/A, empresa criada por Lopes.

Ainda de acordo com o MPF, estima-se que o prejuízo causado aos fundos de pensão chegue a R$ 1,7 bilhão. Por esse motivo, o MPF pediu o bloqueio dos bens do empresário, do seu filho, da Eucalipto Brasil e de outras empresas ligadas aos investigados.

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