RÁDIOS
Três Lagoas, 28 de março

Após um ano apreendido, polícia encontra mais droga em carro do filho de desembargadora

Veículo era conduzido por Breno Solon, preso em abril de 2017 pela PRF, com carregamento de maconha e munições

Por André Barbosa
08/03/2018 • 17h02
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Um ano depois de ser apreendido com maconha e munições, carro com reboque conduzido por Breno Fernando Solon Borges, de 38 anos, continha mais drogas. A descoberta foi feita na manhã desta quinta-feira (8) por cães farejadores no pátio de veículos apreendidos da Polícia Federal. Breno é filho da desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, presidente do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) e cumpre pena em Três Lagoas.

Ao menos 10 kg de maconha foram encontrados acondicionados na lataria do veículo, apreendido em 8 de abril de 2017, durante fiscalização da Polícia Federal Rodoviária em Água Clara. Segundo informou a PF, a droga foi encontrada nesta quinta-feira, após sinalização dos cães que realizavam treinamento de rotina no pátio da instituição.

Mecânicos foram acionados e junto aos policiais, localizaram compartimento extra dentro do para-choque do carro, com a nova quantidade de maconha.

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Na apreensão anterior, em 2017, apenas o reboque foi identificado com cerca de 130 kg de maconha, 199 munições de calibre 7,62 (fuzil) e 71 munições de calibre 9mm. O inquérito Policial tramita na Justiça Estadual de Água Clara.

 

Caso Breno

O filho de Tânia Garcia virou notícia pela primeira vez em 8 de abril de 2017, depois de ter sido flagrado pela PRF em Água Clara, transportando cerca de 130 kg de maconha, 199 munições calibre 7.62 e 71 munições calibre 9 milímetros, armamento de uso restrito das Forças Amadas no Brasil.

A 1ª Vara Criminal de Três Lagoas decretou prisão preventiva como resultado da conclusão do Inquérito da Operação Cérberus, deflagrada pela PF no dia 13 de junho, que investigou uma organização criminosa especializada no contrabando de armas e que planejava novamente o resgate de Tiago Vinícius Vieira, na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. Vale lembrar que as investigações tiveram início em março, quando o líder da organização orquestrou uma tentativa de fuga da Penitenciária de Três Lagoas, com o uso de uma pistola calibre ponto 380.

Após análises dos celulares apreendidos, com autorização judicial, constatou que Breno auxiliaria na fuga do preso em Três Lagoas, inclusive chegou a deslocar-se até a cidade para a ação criminosa. Ao total foram indiciados 7 indivíduos, entre eles Breno, acusado de integrar organização criminosa e tentativa de fuga de preso mediante violência. Tendo em vista o abalo a ordem pública e a garantia da aplicação da lei penal, foi decretada a prisão preventiva dele e dos demais membros do grupo.

Em 18 de junho, o TJMS (Tribunal de Justiça de MS) liberou Breno da cadeia. A defesa alegou na ocasião, que ele é portador da “Síndrome de Bordeline” e tenta provar no processo que o acusado de tráfico e associação criminosa não poderia ser responsabilizado pelos crimes.

Por força de uma nova liminar, concedida durante plantão do TJMS em 21 de junho, o filho da desembargadora teve prisão preventiva substituída por internação provisória em clínica médica.

Tânia foi à penitenciária de Três Lagoas para tirar o filho, com ordem judicial em mãos, mas sem que um mandado tivesse sido expedido pelo juízo para um oficial de justiça. Breno continua preso na Penitenciária de Três Lagoas.

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