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Três Lagoas, 20 de abril

Ataque nas lavouras de soja preocupa produtores em MS

No município, 90% da área cultivada são destinados ao plantio do grão

Por Reprodução/ Internet
14/01/2013 • 07h46
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 Apesar da boa expectativa para a safra de soja, os produtores de São Gabriel do Oeste, a 133 km de Campo Grande, estão preocupados por conta do ataque das lagartas, conforme mostrou reportagem do MS Rural deste domingo (13). No município, mais de 90% da área cultivada são destinados ao plantio do grão.


O produtor rural Rafael Marques cultiva em uma área de 1 mil hectares variedades precoces e semiprecoces. Sementes que chegam ao ponto de colheita em 110 e 120 dias. “O visual está muito bom, mas o que importa é a produção de grãos e a fase em que ela [soja] se encontra está em plena formação. Mês de janeiro é muito importante, precisa de boas chuvas para completar o ciclo”, disse.

Nesta safra, que começa a ser colhida no fim de janeiro e início de fevereiro, os produtores da região esperam colher em média 52 sacas de soja por hectare, três sacas a menos do que na safra 2011/2012. Poderia ser melhor, não fossem as instabilidades climáticas.

Nos últimos três meses, as lavouras de soja da região norte de Mato Grosso do Sul passaram por períodos intercalados de estiagem, pouca chuva e excesso de umidade. Mesmo assim, as condições do tempo não frustraram as expectativas dos produtores em colher uma boa safra.

O engenheiro agrônomo Sérgio Aparecido Ponce afirmou que a expectativa de produção esse ano começou um pouco mais tarde. “Esperávamos entrar com o plantio bem no início de outubro e isso não ocorreu em função do atraso do início das chuvas. Isso pode se refletir com problema no final do ciclo, quando a gente vai entrar com a outra cultura”, explicou.

Na fazenda do produtor rural José Luiz Rohr, os pés de soja estão com 1,3 metro de altura. Mas um problema tira o sono do produtor rural: ele está preocupado com o ataque das lagartas. “As pragas estão todas aí, bastante lagarta grande, adulta, e pequena. Estou preocupado porque o dano que elas causam é muito grande”, relatou, garantindo que já usou quatro tipos de inseticidas para matar as lagartas.

Se não houver aplicação de veneno, as lagartas podem destruir uma plantação inteira em menos de uma semana. Combater esse tipo de praga tem sido um desafio para os produtores da região. De acordo com Sérgio Ponce, o controle eficaz depende de vários fatores que vão desde a qualidade do produto até o modo de aplicação do veneno.

“Quando você quer atingir um alvo, uma lagarta, na parte superior da folha, você consegue com um volume pequeno. Mas quando você tem uma temperatura muito elevada e umidade relativa do ar muito baixa, a gota pode evaporar antes de chegar ao alvo, que é a lagarta, e aí você não consegue um controle eficaz”, alertou.

Segundo os técnicos, para ter bons resultados, o produtor deve aplicar o veneno sempre no início da manhã e fim de tarde. A umidade do ar deve estar acima de 60% e a temperatura abaixo dos 28°C. Em geral o veneno começa a fazer efeito nas pragas quatro dias depois que a lagarta come a planta pulverizada com o inseticida.

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