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Três Lagoas, 26 de abril

Ataques na capital colocam polícia do Estado em alerta

Em Três Lagoas, Polícia Civil segue com operação para encontrar assassinos de policial

Por Divulgação
15/03/2013 • 08h35
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Ataques registrados em Campo Grande colocaram a polícia de Mato Grosso do Sul em alerta. Em 48h, sete veículos foram incendiados na capital sul-mato-grossense em ações arquitetadas pelo crime organizado. 

Os crimes aconteceram uma semana após a morte do policial militar aposentado, Otacílio Pereira de Oliveira, 60 anos, executado na noite da última quarta-feira. Três dias depois, três incêndios foram registrados em Três Lagoas – um deles foi confirmado como criminoso e o restante ainda aguarda laudo pericial.

Na tarde de ontem, o secretário de Segurança Pública, Wantuir Jacini, promoveu uma reunião com a cúpula das polícias Civil e Militar e também com a direção da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para traçar os planos de combate aos atentados. Em nota oficial, o governo do Estado determinou que fosse feito policiamento ostensivo e um conjunto de operações especiais de enfrentamento à prática criminosa. 

De acordo com o secretário, o esclarecimento desses atos criminosos é prioridade para o governo do Estado e para a Sejusp. “Desde o início dos fatos, todo o aparato policial estadual foi mobilizado. A Secretaria está recebendo apoio da inteligência da Polícia Federal e também da Polícia Rodoviária Federal, que intensificou a vigilância nas estradas federais do Estado”, explicou Jacini.

Ele continuou: “A Segurança Pública está vigilante e trabalhando integrada a fim de esclarecer as circunstâncias e determinar a autoria dos incêndios. A sociedade pode ter a certeza de que assim como ocorreu no caso do homicídio do policial aposentado em Três Lagoas, a pronta resposta virá com a prisão dos autores", garantiu o secretário de Justiça. 

TRÊS LAGOAS
O delegado Regional Vitor José Fernandes Lopes está em Campo Grande. Por telefone, ele informou que não participou da reunião com secretário de segurança pública, mas de uma anterior, com a cúpula da Polícia Civil, realizada bimestralmente.

Entretanto, as coordenadas serão as mesmas. Segundo o delegado, a Polícia Civil de Três Lagoas trabalhará em duas frentes prioritárias: a autodefesa e a repressão desses crimes por meio do trabalho de investigação. “Estamos em alerta geral. Além da atenção redobrada para a segurança pessoal, vamos intensificar ao máximo as investigações para prender essas pessoas e, assim, reprimir esses crimes”, disse.

O delegado informou que, embora similares, ainda não há ligação dos incêndios registrados em Três Lagoas com os de Campo Grande. 

O início de ataques em Mato Grosso do Sul, assim como ocorreram em São Paulo e em Santa Catarina, teria sido ordenado por uma organização criminosa. Os principais alvos seriam as maiores cidades do Estado, incluindo Três Lagoas. Vitor Lopes, porém, disse apenas que as ações criminosas são uma retaliação ao trabalho dos agentes de segurança em Mato Grosso do Sul no combate ao crime.

Segundo o delegado, as polícias de todo o Estado estão trabalhando em conjunto. “Se houver alguma ação, a Sejusp colocou à nossa disposição equipes do Garras e da Cigcoe. O que estamos orientando apenas é que os agentes de segurança tenham um pouco mais de cautela. Por outro lado, estamos, em conjunto, trabalhando para prender esse pessoal”, completou.

MANDADOS
Dando sequência à ação para prender os suspeitos de matar o policial aposentado, nesta semana, a Polícia Civil ajuizou pedidos de mandados de prisão preventiva de, pelo menos, mais cinco acusados de envolvimento. Os nomes não foram divulgados. No começo da semana, foram presos João Carlos Olegário da Silva, 19 anos foi preso em Presidente Prudente (SP) e Cleverson Messias Pereira dos Santos, 33 anos, na região de Corumbá. 
“Não há motivo para temor”
Entretanto, o delegado Regional Vitor José Fernandes Lopes, tranquilizou a população ao afirmar que não há motivo para pânico. “A população já é atacada no dia a dia, com furtos etc. Não há motivo para pânico. Essas ações são uma retaliação à ação forte que a polícia tem feito para reprimir o crime no Estado. Não já motivo de pânico. Como já disse, isso não alterou a nossa rotina de trabalho”.

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