RÁDIOS
Três Lagoas, 25 de abril

Auditoria apura aplicação do programa Vale Renda em Três Lagoas

Mais de oito mil famílias perderam o benefício em todo o Estado por conta de irregularidades

Por Renata Prandini
20/01/2016 • 18h54
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Pouco mais de oito mil famílias foram excluídas do programa Vale Renda após auditoria promovida pelo governo do Estado em todos os municípios de Mato Grosso do Sul. A ação, iniciada no segundo semestre do ano passado, apurou que essas famílias, 8.021 ao todo, recebiam o benefício de forma irregular. Com o corte, o governo do Estado espera economizar R$ 17,4 milhões no ano.

O levantamento foi coordenado pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), chefiada pela vice-governadora Rose Modesto. De acordo com o resultado, pouco mais de 13% dos beneficiados, aproximadamente 60 mil em todo o Estado antes do corte, recebiam o benefício irregularmente. Caso esse percentual se mantenha em Três Lagoas, cerca de 150 famílias podem perder o benefício. No município, são 1,2 mil famílias atendidas pelo programa.

O número, no entanto, não foi confirmado pela secretaria. De acordo com Ângela Nunes de Lima Ferreira, superintendente de Benefícios Sociais em Mato Grosso do Sul, essa auditoria ainda está em andamento e deverá ser concluída em março deste ano.“Ainda estamos finalizando essa auditoria e, por enquanto, não podemos divulgar dados regionais. O que posso dizer é que tivemos casos em Três Lagoas de famílias que foram excluídas do cadastro. Em quase todos os municípios, tivemos casos”, destacou.

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A superintendente informou que grande parte das irregularidades estava relacionada à renda superior ao limite para participar do programa e à casos de famílias já beneficiadas por outros programas sociais, como o Bolsa Família, do governo federal.

“O programa Vale Renda é destinado para famílias que estejam realmente vulneráveis, como em caso de desnutrição infantil, desemprego, vítimas da violência doméstica,entre outros. Mas, encontramos casos de famílias já beneficiadas por outros programas ou com a renda per capita à cima do preconizado. O objetivo dessa auditoria é garantir que o benefício chegue àqueles em vulnerabilidade social, que realmente necessitam dessa ajuda financeira para sobreviver, e não para casos de crise financeira”, explicou Ângela.

O primeiro passo da auditoria foi o cruzamento de dados cadastrais das famílias beneficiadas. Depois desse resultado, técnicos da secretaria chegaram a fazer visitas 'in loco' para averiguar a situação das famílias.

PROGRAMA

Para receber o Vale Renda, a família precisa ter renda per capita até meio salário mínimo. Além disso, a família não pode estar cadastrada em outro programa social, como o Bolsa Família. O benefício é de R$ 170 mensais. A superintende antecipou que essas auditorias deverão ser realizadas anualmente em todos os municípios do Estado.

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