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Três Lagoas, 25 de abril

Com isolamento social, aumenta denúncias de violência contra idosos

Em Três Lagoas, no período de janeiro a maio de 2021, comparado ao mesmo período de 2020, houve aumento de 81% das denúncias

Por Daiana Oliveira
21/06/2021 • 16h20
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Dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos mostram que as denúncias de violência contra pessoas idosas, recebidas pelo Disque 100, tiveram um aumento de 53% em 2020, se comparadas com o ano de 2019. Com o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, o número de denúncias observado em 2019 passou de 48.500 para 77 mil denúncias em 2020. No primeiro semestre de 2021, o Disque 100 já registrou mais de 33.600 mil casos de violações de direitos humanos contra o idoso no Brasil. Em Três Lagoas, no período de janeiro a maio de 2021, comparado ao mesmo período de 2020, houve aumento de 81% nos casos de violência conta a pessoa idosa, segundo dados do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social).

De janeiro a maio de 2020, 213 idosos foram inseridos nos serviços de atendimento do Creas e de janeiro a maio de 2021, 385 idosos foram inseridos no serviço de atendimento do Creas. A faixa etária mais atingida são pessoas idosas de 70 a 85 anos, o que representa 80% das ocorrências. Na maioria dos casos os responsáveis pelos maus tratos são os próprios familiares.

“A gente recebe encaminhamento da rede, através do Disque 100, Ministério Público, denúncias anônimas e a partir daí, seguimos com os atendimentos”, declara a Coordenadora do Creas, Silvania de Amorim Seifert.

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O Creas conta com equipe multidisciplinar para atender pessoas idosas em situação de violência e orientar a família em casos deste tipo.

“A equipe é composta por psicólogo, pedagoga (quando é o caso), assistentes e educadores sociais e temos apoio jurídico, quando necessário, diz a coordenadora Silvania.

A equipe do Creas realiza a acolhida e a visita domiciliar, onde é ofertada escuta qualificada pelos profissionais. Ao observarem indícios de violação dos direitos, a equipe busca acionar outros familiares ou pessoas próximas, no objetivo de que estes possam contribuir com os cuidados.

“Nosso apoio é feito junto da família, mas muitos querem entregar o idoso para deixar aos nossos cuidados e não é assim que funciona. Precisamos do apoio da família, ou de terceiros para que mantenham a pessoa em segurança e tratem o idoso com o devido respeito”, explica a assistente Social, Nayane de Souza.

Segundo a assistente Social, casos de negligências como a falta de medicação correta ou falta de cuidados com a higienização já caracterizam maus tratos à pessoa idosa.

JUNHO VIOLETA

Neste mês é tratada sobre a conscientização e combate a atos de violência contra idosos, sejam físicos, psicológicos, morais, patrimoniais, financeiros ou sexuais.

Confira a reportagem:

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