Em um evento oferecido a imprensa e autoridades civis, militares e políticas do município e região, na sexta-feira (20), as diretorias do Instituto do Câncer de Três lagoas (ICTL) e o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora anunciaram a aquisição de dois aparelhos nucleares de radioterapia, capaz de tratarem de maneira mais específica, alguns tipos da de câncer, como o de próstata e de colo uterino. O investimento é de aproximadamente, R$ 5 milhões. Cerca de 150 pessoas participaram da cerimônia, realizada na Vila Vicentina.
Os equipamentos europeus deverão ser trazidos ao Brasil, somente após o termino da obra do novo prédio da entidade, prevista para iniciar no final do mês de janeiro de 2018. O primeiro aparelho, um acelerador linear é utilizado para radioterapia, uma das modalidades de combate ao câncer. Com isso, diminue o tempo de tratamento fazendo com que o feixe de radiação atinja somente a área tumoral, protegendo as partes sadias do corpo.
O outro, um equipamento de braquiterapia, é tido como essencial para tratar tumores de colo uterino e de próstata. De acordo com as diretorias, Três lagoas é o segundo município do estado, a contar com os equipamentos quepoderão receber manutenção à distância. “Estamos aguardando apenas questões técnicas necessárias para começar a obra do ICTL, que vai abrigá-lo, prevista para 18 meses no máximo. As pessoas vão tratar a doença, perto de casa, sem precisar buscar a cura em outro estado. O câncer é um mal que afeta toda a família em si e também, o psicológico”, disse o médico José Marcio Barros de Figueiredo, responsável técnico pelo serviço de oncologia do Auxiliadora e Instituto do Câncer.
Ainda no evento foi assinado previamente, um termo para convênio com o Governo do Estado, em garantia à liberação de recursos para a manutenção do novo serviço, prevendo que, 80% dos atendimentos serão feitos via Sistema Único de Saúde (SUS).
“Na realidade, o convênio vai ser assinado depois que a obra estiver concluída. Temos muita coisa em andamento e o Governo, por falta de recursos e planejamento, não pode se comprometer a atender a demanda. Nossa preocupação sempre foi no sentido de montar o serviço de oncologia e depois de 18 meses ter garantia de atender ao SUS e as pessoas que precisam. Por isso, pedi a assinatura coletiva”, disse o administrador do hospital, Marco Antônio Calderon de Moura.
De acordo com José Márcio, são realizadas em média 25 sessões de radioterapias por dia. A maioria, em Campo Grande. "Os pacientes precisam ficar até 40 dias longe de casa. Com estes aparelhos, não mais", finalizou.