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Três Lagoas, 24 de abril

Auxiliadora esclarece morte de criança transferida para Campo Grande

Recém-nascido estaria em "situação crítica" e teria morrido após ser levado a Campo Grande

Por André Barbosa
15/10/2018 • 21h29
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Um gêmeo recém-nascido no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora teria morrido no sábado (13), por falta de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal em Três Lagoas. A criança chegou a ser transferida de ambulância para a Santa Casa de Campo Grande, mas morreu após dar entrada na unidade.

A assessoria de imprensa da instituição médica três-lagoense emitiu nota à imprensa nesta segunda-feira (15) para esclarecer as condições em que ocorreu a morte do bebê, após a postagem de notícias na internet.

De acordo com a assessoria, a mãe de 23 anos e 30 semanas de gravidez, foi transferida no dia 4 de outubro para Campo Grande. Quatro dias depois, ela teria recebido alta e retornado a Três Lagoas. Na manhã de 13 de outubro, ela foi atendida novamente no hospital com dores. A transferência para a capital ocorreu "devido à alta complexidade da situação" e a necessidade de auxílio de uma UTI neonatal.

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“Devido ao risco, foi realizado o procedimento de cesárea no Hospital Auxiliadora, sendo monitorado e realizado todos os procedimentos possíveis para a segurança do bebê e da mãe. Logo após o nascimento de uma das crianças, a equipe se mobilizou para a transferência do primeiro bebê que estava em uma situação mais crítica. Um enfermeiro coordenador de plantão realizou o ‘check-list’ e conferiu todos os equipamentos, que se encontravam em perfeito funcionamento”, relatou a assessoria do Auxiliadora.

Ainda segundo a nota, a criança era monitorada, aquecida e havia um aparelho respirador pronto para a transferência. “A equipe de coordenação de enfermagem acompanhou todo o processo desde o nascimento até a transferência do paciente”, diz.

A família da mãe conseguiu liminar para que ela e a segunda criança fossem transferida para Hospital da Cassems, de Três Lagoas, que possui uma UTI neonatal. Mas, mãe e filho já havia sido transportadas para Campo Grande, onde o segundo parto foi realizado.

Unidade de UTI Neonatal

Na mesma nota, a assessoria do Auxiliadora informa que a instituição tem projetos para atender recém-nascidos de alto risco, “mas faltam recursos para investimento. Atualmente, o projeto arquitetônico da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal/UTIN e seus componentes (Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional/UCINCo, Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Canguru/UCINCa e Banco de Leite Humano/BLH) deve ser executado ao lado da maternidade, que hoje está a Unidade Cirúrgica do Hospital Auxiliadora. Portanto, além do próprio recurso da UTIN e seus componentes, seria necessário o recurso para um outro local de Unidade Cirúrgica, de maneira a comportar a quantidade de pacientes regulados para esta unidade cirúrgica, que hoje não dispomos”, afirma.

A reportagem não conseguiu contato com a família da criança.

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