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Três Lagoas, 18 de abril

Bebê abandonado passará primeiro Natal com nova família

Por Redação
24/12/2008 • 06h00
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O bebê recém-nascido abandonado na calçada de uma residência no Jardim Estoril passará o Natal em companhia da nova família. A menina, encontrada dentro de sacos de lixo, no referido bairro, foi entregue aos novos pais na última sexta-feira (19), quatro dias após ser localizada.
De acordo com Silvana Lopes Brito, conselheira tutelar que acompanha o caso, a criança está em ótimo estado de saúde e já deve ter ganhado peso. Quando encontrada – no fim de tarde de uma segunda-feira (15) -, a recém-nascida, que tinha apenas três horas de vida, estava com 2,850 quilos e 46 centímetros. “Ela (bebê) está ótima e este casal vai passar um Natal maravilhoso, com uma verdadeira bonequinha. Esta menina é muito linda, conquistou a todos”, completou, emocionada.
O casal que conseguiu a guarda provisória da criança fazia parte de uma lista de espera de aproximadamente 35 pessoas. “Muitos nos procuraram querendo adotar esta criança, mas a Promotoria da Infância e da Juventude segue esta lista de espera. Nela, todos os interessados na adoção já passaram por um estudo criterioso para saber se estão aptos a receberem uma criança”, explicou.
A conselheira informou ainda que, mesmo com a guarda provisória, a criança deverá ser acompanhada pela assistência social do Ministério Público. O objetivo é evitar que o bebê, ou outra criança adotada, enfrente problemas de adaptação com a nova família. “Mas é raro isto acontecer. Estes casais que estão na fila de espera, ficam ansiosos pela companhia de um filho”, declarou.
Com a guarda provisória, agora o casal – cujo nome não foi divulgado (apenas o Ministério Público tem) – espera a liberação da guarda definitiva, pelo Juizado da Infância e Juventude. A conselheira tem esperanças de que o processo seja rápido. “Tivemos um caso em que um bebê foi vendido a outra família. Ele foi recolhido e levado a um dos casais interessados. O processo de adoção foi muito rápido. Acredito que este também será assim”.

INVESTIGAÇÕES
Enquanto Ministério Público e Juizado da Infância e da Juventude cuidam do bem-estar da criança, a Polícia Civil trabalha para tentar localizar a mãe biológica do bebê. Segundo o delegado Eraldo Coelho, responsável pelo caso, ainda não há pistas sobre o paradeiro da família. Na mesma situação está o Conselho Tutelar. Silvana explicou que até agora todas as ligações são para saber do estado de saúde e meios de adotar o bebê, mas nada em relação ao paradeiro da mãe.
“Não tem pistas sobre o paradeiro desta mãe, ou de quem possa ter a ajudado, porque seria praticamente impossível ela ter feito tudo isso sozinha logo após um parto. Estas perguntas ficarão soltas no ar até que a polícia solucione o caso”, destacou Silvana.
As investigações também contam com o apoio da Delegacia de Investigações Gerais (Dig).


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